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Blatter diz que pagamento de Platini foi “acordo de cavalheiros”

Ex-dirigentes estão sendo julgados por corrupção em tribunal na Suiça

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Redação Publicado em 09/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 15h15


Ex-dirigentes estão sendo julgados por corrupção em tribunal na Suiça

O ex-presidente da Fifa Joseph Blatter negou ter aprovado pagamentos fraudulentos ao ex-jogador francês Michel Platini, dizendo a um tribunal suíço nesta quinta-feira (9) que uma transferência de dinheiro seguiu um “acordo de cavalheiros” entre os dois.Conselho do MP vai acompanhar investigação sobre mortes no AmazonasConselho do MP vai acompanhar investigação sobre mortes no Amazonas

Promotores suíços acusam os dois ex-dirigentes, que já estiveram entre as figuras mais poderosas do futebol, de organizar ilegalmente o pagamento de 2 milhões de francos suíços (o equivalente a R$ 10 milhões) em 2011. Blatter e Platini negam as acusações.

Blatter prestou depoimento à Corte Criminal Federal em Bellinzona depois de ser dispensado por motivos de saúde na quarta-feira (8).

O ex-dirigente de 86 anos disse que pediu a Platini para ser seu conselheiro depois que o suíço foi eleito presidente da Fifa pela primeira vez em 1998.

Platini pediu para receber 1 milhão de francos (R$ 5 milhões) por ano, mas Blatter disse ao francês que a Fifa não podia pagar esse salário.

Em vez disso, eles acertaram que Platini, um dos maiores jogadores de sua geração, receberia 300.000 francos (R$ 1,5 milhão) por ano, com dinheiro restante a ser pago posteriormente.

“Eu sabia quando começamos com Michel Platini que não é o total, e nós analisaríamos isso mais tarde”, disse Blatter referindo-se ao salário acordado de 300.000 francos para o cargo de consultor técnico.

Selado com um aperto de mão, Blatter afirmou que o acerto era um chamado “acordo de cavalheiros”.

“Foi um acordo entre dois desportistas”, disse Blatter. “Eu não via nada de errado com isso.”

Platini assinou um contrato escrito com a Fifa em 1999, mas especificava apenas um salário de 300.000 francos (R$ 1,5 milhão), sem menção a pagamentos extras.

Agencia Brasil
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