Pode parecer análise repetida, mas na derrota por 1 a 0 para o Novorizontino, nesta sexta-feira, pelo Campeonato Paulista, o Santos teve novamente muitos
Redação Publicado em 24/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 17h18
Pode parecer análise repetida, mas na derrota por 1 a 0 para o Novorizontino, nesta sexta-feira, pelo Campeonato Paulista, o Santos teve novamente muitos problemas no setor de criação e para colocar em prática as ideias do técnico Ariel Holan.
Com praticamente todos seus titulares, o Santos entrou em campo para enfrentar o Novorizontino com a necessidade de vencer para voltar à zona de classificação ao mata-mata do Campeonato Paulista. Além de não ter conseguido os três pontos, o Peixe não mostrou evolução.
A começar pela maneira como o Santos tem se comportado quando tem a bola. Numa saída de jogo, da zaga para o ataque, os atletas parecem estar sempre pensando muito, digamos. Como se ainda estivessem se adaptando a novas ideias e não conseguissem tomar ações no automático.
A demora é nítida. Quase sempre quando recuperava a bola em seu campo defensivo, o Santos trocava passes entre os zagueiros e volantes, mas não conseguia evoluir para o ataque. Isso, evidentemente, atrapalha o desenvolvimento do jogo.
Mais uma vez, o Santos teve muita posse de bola defensiva. O Peixe conseguiu trocar passes em seu campo de defesa contra o Novorizontino, mas na hora de aprofundar as jogadas e criar lances de perigo não foi efetivo.
As melhores chances do Santos foram no segundo tempo, todas em lances que começaram nas laterais e foram para o meio da área – Pará fez boa jogada pela direita e cruzou para o meio, mas Marcos Leonardo não finalizou, e Renyer criou bom lance individual e chutou para fora. Mas isso ainda é muito pouco para o que Ariel Holan quer.
Ariel Holan, técnico do Santos, no jogo contra o Novorizontino — Foto: Ivan Storti/Santos FC
Outro problema se repetiu contra o Novorizontino: a pressão e recomposição sem a bola nos pés. Assim como tem acontecido com frequência, o Santos diversas vezes viu um de seus zagueiros pressionar o adversário no meio de campo e abrir espaço nas costas, sem cobertura.
Nesta noite, quem mais protagonizou cenas assim foi Luan Peres. Como o Novorizontino atacou muito mais pelo lado direito, ou esquerdo da defesa santista, o zagueiro em muitos momentos tentava avançar para interceptar os lances no início, mas era surpreendido nas costas.
O mesmo já havia acontecido na derrota do Santos para a Ponte Preta, mas, na ocasião, quem mais sofreu com o ataque adversário e não conseguiu fazer a pressão funcionar foi Kaiky.
Fato é que o Santos ainda repete erros de execução às ideias de Ariel Holan e precisa corrigir o quanto antes para não ficar pelo caminho rapidamente nas competições que disputa. Pela frente, um clássico contra o Corinthians no domingo (provavelmente com time reserva) e um duelo já com ares de decisão contra o Boca Juniors, terça-feira, pela Libertadores.
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Fonte: Ge