MP espera conclusão do inquérito de Fábio Marcondes para iniciar ações contra posse

Jair Viana

O promotor de justiça da 125ª Zona Eleitoral de Rio Preto, Cláudio dos Santos Moraes disse ontem que não está descartada uma investigação específica para apurar se o vereador reeleito, José Carlos Marinho, o Marinho das Bombas (PSB), recebeu mesmo R$ 20 mil, como informou o Bom Dia em sua edição do último dia 10. Segundo o promotor “se o delegado (federal), entender que é necessário um inquérito separado, poderá abri-lo, sim”, disse. O vereador Marinho contesta a informação, afirmando que “foi informação plantada pelo jornal”.

A informação sobre o nome do vereador Marinho das Bomba, em lista com outros nomes foi transmitida por fonte da PF, inclusive com o nome de um homem identificado como Anderson. Segundo a fonte, Marinho teria recebido R$ 20 mil e Anderson recebido R$15 mil. As razões para tais pagamentos não foram reveladas. Em manifestações públicas, Marinho demonstra tranquilidade sobre o assunto.

O promotor eleitoral, Cláudio Moraes, questionado, ontem, pelo BOM DIA se ele pretende investigar Marinho das Bombas, respondeu: “se o delegado (federal) que investiga o caso do vereador Fábio Marcondes, entender necessário um outro inquérito para investigar o vereador Marinho, poderá abri-lo, sim”, afirmou.

CORRUPÇÃO

Sobre as medidas que o Ministério Público deverá adotar logo depois da conclusão do inquérito aberta contra o presidente da Câmara, vereador reeleito, Fábio Marcondes (PR), o promotor disse que a ação sobre corrupção eleitoral “que é a capitação ilícita de sufrágio (voto) será instaurada”, deverá ser instaurada, disse. O promotor poderá ainda pedir a impugnação da diplomação de Marcondes. “Tudo vai depender da conclusão do inquérito”, afirmou o promotor. Ele acredita que em duas semanas a Polícia Federal conclua o inquérito.

O CASO
O vereador Fábio Marcondes é investigado pela Polícia Federal, segundo o promotor, por suspeita de crime eleitoral. Farto material, como lista manuscritas, pen-drive, telefones e outros materiais foram apreendidos em poder de um amigo do vereador. Em uma das listas, que inclusive vai passar por perícia, constam nomes de pessoas que teriam recebido algum tipo de doação do vereador.