Para Temer, muitos que usaram a greve dos caminhoneiros como ‘movimento político’ desejavam um ‘incidente’

O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (6) que “muitos” que tentaram fazer da greve dos caminhoneiros um “movimento político” desejavam que

Para Temer, muitos que usaram a greve dos caminhoneiros como ‘movimento político’ desejavam um ‘incidente’ -

Redação Publicado em 06/06/2018, às 00h00 - Atualizado às 16h00

Presidente discursou durante cerimônia de lançamento do Plano Safra 2018-2019. Ele classificou a greve dos caminhoneiros como ‘preocupante’.

O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (6) que “muitos” que tentaram fazer da greve dos caminhoneiros um “movimento político” desejavam que ocorressem incidentes no país.

A declaração foi dada durante cerimônia no Palácio do Planalto, na qual o governo anunciou a liberação de recursos para o Plano Safra 2018-19.

No discurso, Temer classificou a greve como “preocupante”. Ele lembrou que o governo acionou as Forças Armadas para liberar rodovias e que negociou acordos com os caminhoneiros.

“Nós conseguimos com o diálogo, e conectado ao diálogo a autoridade, nós conseguimos encontrar uma solução que não gerasse um incidente qualquer”, disse o presidente.

“Incidente que, convenhamos, desejado por muitos que tentaram fazer da greve um movimento político. Nós evitamos isso, sem embargo de temor colocados as forças federais todas a serviço dos estados brasileiros”, completou.

Apesar de o presidente não ter citado o caso, um caminhoneiro morreu em Rondônia na semana passada. Na ocasião, parte da categoria já tinha voltado ao trabalho. Ele foi atingido por uma pedrada na cabeça quando passava com o veículo por uma rodovia. Ele não resistiu ao ferimento.

De acordo com informações obtidas pela Rede Amazônica, a rodovia estava sem pontos de bloqueio na hora, mas a população da cidade de Vilhena estaria sendo convocada para protestar, e os caminhoneiros que passavam dirigindo pelo local estariam sendo atacados com pedradas.

A greve dos caminhoneiros teve início no dia 21 de maio, com protestos contra a alta do preço do óleo diesel e a política de preços da Petrobras, que reajustava o valor do combustível conforme a variação do petróleo e do câmbio.

Durante a paralisação, houve registro de falta de alimentos em supermercados e de falta de combustíveis em postos. A greve ainda afetou o transporte coletivo em cidades, aulas foram canceladas, indústrias paralisaram a produção, hospitais adiaram cirurgias e aeroportos cancelaram voos.

Para encerrar a paralisação, Temer acertou com lideranças dos caminhoneiros a redução de R$ 0,46 no litro do preço do óleo diesel, valor que não será reajustado por 60 dias.

O governo reduziu impostos e criou uma subvenção para compensar perdas da Petrobras. O governo ainda publicou uma portaria de “determina” aos postos de combustíveis repassar o desconto para os consumidores.

Outra medida adotada para encerrar a greve foi a definição pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de uma tabela com os preços mínimos dos fretes. A tabela tem sido criticada pelo agronegócio.

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