Na posse como novo diretor-geral da PF, Galloro diz que Lava Jato ‘continua forte’

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, disse na cerimônia de posse nesta sexta-feira (2) que, em sua gestão, a operação Lava Jato "continua

Na posse como novo diretor-geral da PF, Galloro diz que Lava Jato ‘continua forte’ -

Redação Publicado em 02/03/2018, às 00h00 - Atualizado às 14h14

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, disse na cerimônia de posse nesta sexta-feira (2) que, em sua gestão, a operação Lava Jato “continua forte”.

Galloro assume no lugar de Fernando Segovia, demitido do cargo após 3 meses, em razão de declarações que causaram desgaste dentro do governo.

A nomeação de Galloro foi um dos primeiros atos do ministro Raul Jungmann à frente da recém-criada pasta da Segurança Pública, à qual a PF passa a ser subordinada.

Em discurso, o novo diretor-geral citou seu histórico no combate à corrupção.

“Estive presente em momentos difíceis e em momentos de conquistas: nas indicações de chefias, nas decisões estratégicas do Conselho Superior de Polícia e também na operação Lava Jato, inclusive na criação da Coordenação Geral de Combate à Corrupção”, afirmou.

“Por essa razão, não faria sentido adotar agora postura diversa da que tenho seguido. A Lava Jato continua forte […] E desde já reafirmo o compromisso do ministro Jungmann de reforçar a equipe”, completou Galloro.

O novo diretor-geral ainda defendeu a necessidade de integração das instituições de combate ao crime. Segundo ele, esse é um ponto essencial da segurança pública. Para Galloro, o crime “não é e não será” mais forte que o Estado brasileiro.

“Quanto ao futuro da PF, é impossível concebê-lo sem considerar a necessidade de aprofundar a integração interinstitucional contra o crime. É condição basilar de provimento de segurança pública. O crime não é e não será mais forte que o Estado Brasileiro. O crime não vencerá”, afirmou.

Discurso de Segovia

Fernando Segóvia faz discurso em solenidade de posse de novo diretor-geral da PF (Foto: Marcus Barbosa/ G1)

Também presente à solenidade, Segovia fez um discurso no qual ressaltou a atuação da PF no combate ao crime e criticou aqueles que, segundo ele, “pregam o caos e o enfraquecimento da corporação”.

O agora ex-diretor-geral disse que o importante para a sociedade é a continuidade do trabalho. Segundo ele, “as pessoas passam, as instituições permanecem”.

“Aos que pregam o caos e o enfraquecimento da Polícia Federal, tenham certeza nós continuamos cada vez mais fortes e independentes. A operação Lava Jato é um exemplo disso, mas que em nada diminui as diversas operações realizadas no combate à corrupção, ao tráfico de armas e drogas, combate aos crimes de pedofilia e aos diversos outros crimes que combatemos incansavelmente dia a dia”, afirmou Segovia, que foi designado para trabalhar na embaixada do Brasil na Itália.

Ao dizer como se sentia com relação a seu período à frente da PF, Segovia citou a frase atribuída ao imperador romano Júlio César: “Vim, vi e venci”.

Perfil

Segundo o blog do Matheus Leitão, Galloro é apontado dentro da corporação como um profissional cauteloso e discreto, investigador de perfil bastante diferente do seu antecessor, Fernando Segovia.

De perfil técnico, Galloro ocupava o cargo de secretário nacional de Justiça, órgão do Ministério da Justiça, mas o seu nome já era cotado para a direção da PF desde o fim do ano passado, quando Leandro Daiello deixou o comando da PF após quase sete anos.

Galloro era o preferido do ministro da Justiça, Torquato Jardim, mas acabou perdendo a nomeação diante do apoio da cúpula do PMDB a Segovia.

Na época, além de ser o braço direito de Daiello, Galloro atuava no Comitê Executivo da Interpol.

Ele ingressou na Polícia Federal em 1995 e ocupou cargos como adido em Washington, diretor-executivo, diretor de Administração e Logística, superintendente em Goiás, além de chefe-adjunto em Pernambuco e da Divisão de Passaportes. Chefiou ainda o grupo de inteligência policial e fiscalização de drogas do estado de São Paulo.

Antes de entrar na PF, exerceu a função de conciliador de um juizado informal na comarca de Votuporanga (SP) e foi oficial de Justiça no Tribunal Regional do Trabalho em Campinas (SP).

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