Ministério Público denuncia motorista que matou jovem em ‘série’ de acidentes

Segundo promotor de Justiça, homem assumiu os riscos do primeiro ao último acidente.

O Ministério Público, em Itu (SP), denunciou por homicídio doloso – quando há intenção de matar – o motorista que matou uma jovem depois de provocar um acidente na rodovia Arquimedes Lammoglia (SP-75) e fugir da polícia. O caso foi no fim de julho.

Caio Beneton Rossiti, de 30 anos causou uma série de acidentes, matando uma mulher e ferindo outras três pessoas.

Segundo o promotor de Justiça Luiz Carlos Ormeleze, o motorista assumiu os riscos do primeiro ao último acidente.

“A primeira conduta dele quando atingiu o veículo na Castello Branco é um dolo eventual porque ele estava embriagado e em alta velocidade. Não satisfeito, ele fugiu e quando seria parado em uma blitz, arremessou o veículo em cima dos policiais. Neste momento, ele quis matar os policiais, por isso foi considerado dolo direto.”

Ainda de acordo com o Ministério Público, o motorista estava embriagado e teria furado uma blitz. “Quando ele conseguiu transpor essa barreira policial, ele mais a frente provocou uma nova batida e esta causou a morte da garota e ferimentos nos outros jovens. Esta última conduta novamente é considerada dolo eventual”, explica o promotor.

Entenda o caso

O primeiro acidente foi registrado na rodovia Castello Branco e, apesar de não ter sido grave, o motorista não prestou socorro e fugiu sentido Campinas pela rodovia Arquimedes Lammoglia.

O passageiro de um dos veículos atingidos pelo motorista avisou a Polícia Rodoviária, que identificou o motorista. Ele foi localizado, no entanto, não obedeceu ao sinal de parada e fugiu em alta velocidade.

Em seguida, no quilômetro 28, o motorista bateu em outro veículo com quatro pessoas dentro que capotou. Uma mulher foi arremessada do carro e morreu no local. Outras duas pessoas ficaram feridas e foram socorridas.

Segundo a polícia, assim que foi abordado, o motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro e também o exame de sangue. Ele pagou uma fiança de R$ 5 mil e foi liberado.