Metade dos oito bicicletários de Sorocaba (SP) construídos em 2012 pela Urbes não está sendo usada, e vários módulos viraram alvo de vandalismo. Os quiosques
Redação Publicado em 09/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 17h00
Metade dos oito bicicletários de Sorocaba (SP) construídos em 2012 pela Urbes não está sendo usada, e vários módulos viraram alvo de vandalismo. Os quiosques com os bicicletários custaram R$ 833 mil aos cofres públicos e, atualmente, quatro estão abandonados e vandalizados.
Os lugares que deveriam servir para parada dos ciclistas reflete abandono, com lixo espalhado no chão, paredes pichadas e fios de energia furtados.
Na época em que foram construídos, quem tivesse interesse poderia ganhar a permissão para empreender nos quiosques por meio de um chamamento público, desde que separasse uma parte do local para guardar as bicicletas.
“Nunca serviu para a finalidade, só serviu para guardar os mendigos e a sujeira, mas nunca para a finalidade correta”, explica o ciclista Fernando Jorge Alves.
Na zona oeste da cidade, os moradores não podem mais contar com o quiosque no Jardim Ipiranga. O equipamento foi todo deteriorado por falta de manutenção, os ganchos que deveriam ser usados para pendurar as bicicletas servem para guardar o material de trabalho dos garis.
“Infelizmente, o vandalismo é muito maior, fica largado sem futuro nenhum”, reclama Luciana Fernandes.
A estrutura do quiosque do Jardim dos Estados está em bom estado, o que mostra que nunca serviu para empreendimentos, mas o local também serve como abrigo para os moradores de rua.
“Sempre foi vazio, nunca foi usado. Sempre usado por mendigo e usuário de droga”, comenta Cecília Bassos.
O quiosque da Avenida Dom Aguirre foi transformado em um centro de educação ambiental do Rio Sorocaba. Já no Centro, os equipamentos da Praça Carlos de Campos e do Largo do Rosário servem para venda e exposição de artesanatos, mas também precisam de manutenção.
O único ponto da cidade em que o projeto funciona como o ideal, proporciando lazer aos ciclistas, são os dois quiosques do Parque das Águas.
Em nota, a prefeitura disse que fez licitação para que entidades assistenciais usassem os bicicletários da Avenida São Paulo e do Jardim Ipiranga, mas ninguém se interessou. A prefeitura não explicou o que pretende fazer com os bicicletários, já que não houve interessados.