Justiça condena empresário a 7 anos de prisão por morte de mulher em Higienópolis

A Justiça de São Paulo condenou na noite desta quinta-feira (22) o empresário Sérgio Nahas a sete anos de prisão em regime semiaberto por homicídio simples. O

Justiça condena empresário a 7 anos de prisão por morte de mulher em Higienópolis -

Redação Publicado em 23/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 08h04

Prisão deverá ser em regime semiaberto; cabe recurso à decisão. Defesa do réu alega que mulher se matou.

A Justiça de São Paulo condenou na noite desta quinta-feira (22) o empresário Sérgio Nahas a sete anos de prisão em regime semiaberto por homicídio simples. O empresário é acusado de matar a mulher, Fernanda Orfali, em 2002, em São Paulo.

Nahas poderá recorrer da decisão em liberdade. O júri, no Fórum da Barra Funda, durou dois dias. A defesa sustentou durante o júri que Nahas não foi responsável pela morte e que a mulher se matou porque tinha depressão.

De acordo com o promotor Romeu Galiano Zanelli Junior, apesar de ter sido denunciado por homicídio qualificado, o que poderia resultar em penas mais severas, o réu foi julgado por homicídio simples.

“Tribunais superiores já tinham afastado as qualificadoras do crime de homicídio. Então, ele não poderia ter sido julgado com base nisso”, explica Zanelli Junior.

Fernanda morreu em 14 de setembro de 2002 no apartamento que ficava no quinto andar do prédio onde o casal morava em Higienópolis, área nobre do Centro da cidade. De lá para cá, Nahas aguardou a maior parte do tempo em liberdade. Ele ficou preso por um mês.

Segundo o promotor Zanelli Junior, os sete anos de prisão de condenação são a soma da pena para o crime de homicídio, que é de seis anos, com um ano referente ao fato de que o réu foi considerado como culpado pela morte da própria mulher.

O crime

Para a acusação, Nahas matou Fernanda porque se sentiu ameaçado por ela após ela descobrir que ele a traía e usava drogas. Segundo o promotor Bolque, o empresário também estava preocupado com a partilha dos bens diante da possibilidade de a mulher pedir o divórcio.

Ainda segundo a acusação, Nahas arrombou a porta do closet onde Fernanda estava para se proteger do marido. Em seguida, de acordo com o promotor Bolque, ele atirou duas vezes. Segundo laudo oficial da perícia, o primeiro disparo atingiu a mulher, enquanto o segundo saiu pela janela.

Fernanda fazia tratamento contra depressão. De acordo com a defesa, diários escritos pela própria vítima já indicavam o desejo dela de tirar a própria vida.

Mas laudo da Polícia Científica não encontrou vestígios de pólvora nas mãos de Fernanda. A defesa rebate e alega que essa pistola só deixa resíduos na roupa. Nahas chegou a ficar preso por 37 dias pelo porte ilegal da pistola. Até que sua defesa conseguiu na Justiça que ele fosse solto.

SP DIARIO polícia

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