Iceberg gigantesco se desprende de plataforma de gelo na Antártica

Um iceberg de um trilhão de toneladas, um dos maiores já registrados, se desprendeu de um bloco de gelo gigantesco na Antártica, anunciaram nesta quarta-feira

Iceberg gigantesco se desprende de plataforma de gelo na Antártica -

Redação Publicado em 12/07/2017, às 00h00 - Atualizado às 10h34

Já era esperado que bloco de gelo do tamanho do Distrito Federal se desprenderia da plataforma de gelo Larsen C, na Antártica.

Um iceberg de um trilhão de toneladas, um dos maiores já registrados, se desprendeu de um bloco de gelo gigantesco na Antártica, anunciaram nesta quarta-feira (12) os cientistas da Universidade de Swansea, no Reino Unido.

Em um comunicado, os especialistas em estudos antárticos da universidade indicaram que o desprendimento ocorreu entre 10 e 12 de julho, quando o iceberg se separou do segmento Larsen C do continente branco.

O iceberg gigante tem 5.800 quilômetros quadradados. “Ele pode permanecer inteiro, mas é mais provável que quebre em fragmentos. Parte do gelo pode permanecer na área por décadas, enquanto outras partes podem seguir para o norte, para águas mais quentes”, disse Adrian Luckman, professor da Universidade Swansea e principal pesquisador do projeto MIDAS, que vem monitorando a plataforma de gelo por anos.

Iceberg gigante já vinha se desprendendo em velocidade acelerada (Foto: Reprodução/Bom Dia Brasil)

Entenda

A Larsen C é a maior plataforma de gelo no norte da Antártica. As plataformas de gelo são as porções da Antártica onde a camada de gelo está sobre o oceano e não sobre a terra.

Segundo cientistas, o descolamento do iceberg pode deixar toda a plataforma Larsen C vulnerável a uma ruptura futura. A plataforma tem espessura de 350 m e está localizada na ponta oeste da Antártica, impedindo a dissipação do gelo.

Os pesquisadores vêm acompanhando a rachadura na Larsen C há muitos anos. Recentemente, porém, eles passaram a observá-la mais atentamente por causa de rupturas das plataformas de gelo Larsen A, em 1995, e Larsen B, em 2002.

No ano passado, cientistas afirmaram que a rachadura na Larsen C estava aumentando rapidamente. Mas, em dezembro, o ritmo aumentou a patamares nunca antes vistos, avançando 18 km em duas semanas.

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