Em carta na prisão, Roberto Jefferson se diz um leão ferido que pode comer “hienas”

Preso, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson enviou carta a correligionários e irmãos de sua comunidade religiosa. Fala das aflições na prisão e da

Em carta na prisão, Roberto Jefferson se diz um leão ferido que pode comer “hienas” -

Redação Publicado em 04/09/2021, às 00h00 - Atualizado em 05/09/2021, às 11h09

Preso, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson enviou carta a correligionários e irmãos de sua comunidade religiosa. Fala das aflições na prisão e da esperança de transformar o PTB no maior partido cristão conservador. Veja na íntegra.

por Jair Viana

Em carta dramática enviada a correligionários, que o Diário teve acesso, o presidente nacional do PTB, ex-deputado federal, Roberto Jefferson, preso há quase um mês, revela que não está fora de combate: “Sou um leão ferido, mas ainda em condições de rugir…” Jefferson ainda fala do sofrimento na prisão., diz que ouve gemidos de dor e pedidos de socorro. Noites de insônia também são reveladas no documento. Ele foi preso no dia 13 de agosto, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte.

Na carta,  o ex-deputado relata as péssimas condições do ambiente prisional, mas reafirma sua fé. Em um trecho de seu texto, o político relata que sofre com a falta de sangue no organismo, o que provocou a disfunção cardíaca. Segundo ele, esse problema é consequência “do tratamento radioterápico, no combate ao câncer”.

Roberto Jefferson relatou que seus tornozelos também apresentam problemas sérios, causados pela disfunção cardíaca, já que os rins são o órgão do corpo humano que mais consomem sangue.

Apesar de estar entre presos com várias doenças, o ex-deputado diz que está sendo bem tratado em Bangu 8, onde está recolhido e em determinado trecho da carta, ele promete aos filiados e filiadas, aos quais chama de leões e leoas, fazer do PTB “o maior Partido Trabalhista Cristão Conservador das Américas”.

Ele se considera “preso político” e fala de sua vontade de ser transferido para um hospital, com seus próprios médicos e sob a supervisão da esposa Ana. Ele diz ainda que seu estado clínico é grave e que gostaria de estar entre as pessoas que ama; cita a esposa, os filhos e seu pastor Jean Max.

Em um dos trechos mais dramáticos, Jefferson relata que o presídio tem 180 tuberculosos e três com Covid19. Diz que suas noites são de insônia, quando ouve gemidos de presos doentes e o barulho do abrir e fechar de cadeados das celas. Ele ainda revela que aprendeu o grito de socorro mais ouvido no ambiente: “Seu funcionário, ô seu funcionário, me acode pelo amor de Deus”, conta.

Em outro ponto, faz um apelo: “Por favor, meus irmãos e irmãs, ajudem-me a sair dessa jaula. Sou leão ferido, mas ainda em condições de rugir. Mamei numa leoa, minha mãe, sou casado com uma leoa. Faço parte de uma forte e vigorosa alcateia de leões e leoas, vocês”, diz.

Roberto Jefferson encerra a carta com um recado aos adversários: “Juntos ainda, por muitos anos podemos comer os chacais e as hienas que por um momento, por descuido nosso, tomaram conta da nossa Pátria Amada, Terra de Santa Cruz”. Ainda no texto de encerramento, o político afirma: “Nossa luta é pelo servir. Travada no pelo poder do amor, jamais será pelo amor no poder. Irmãos, ajudem a sair daqui”, encerra.

Veja a carta escrita a mão pelo Presidente do PTB:

link: carta Roberto Jefferson

 

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