Cármen Lúcia critica proposta de reajuste a ministros da Corte

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, criticou nesta quinta-feira (9) a decisão da Corte de incluir no orçamento do tribunal

Cármen Lúcia critica proposta de reajuste a ministros da Corte -

Redação Publicado em 09/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 11h53

Ministros aprovaram aumento de 16,38% nos próprios salários nesta terça-feira (8). Presidente do STF afirmou que não se convenceu de que aumento ‘era o melhor para o país’.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, criticou nesta quinta-feira (9) a decisão da Corte de incluir no orçamento do tribunal para 2019 a previsão de reajuste salarial de 16,38% para os ministros.

A decisão foi tomada na noite desta terça-feira (8), em sessão administrativa do STF, por decisão da maioria dos ministros – foram 7 votos a 4. A ministra não mencionou diretamente o episódio, mas deixou claro seu descontentamento.

“Ontem perdi. Provavelmente hoje perco de novo. Mas eu não queria estar do lado dos vencedores. O que venceram e como venceram não era o que eu queria mesmo e continuo não convencida que era o melhor para o Brasil”, afirmou Cármen.

A presidente falou no enceramento do seminário “Direitos Humanos nos 30 anos da Constituição Federal e nos 70 anos da Declaração Universal”, promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos em parceria com o Centro Universitário de Brasília.

Também participaram do evento nesta manhã a procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo do Vale Rocha e a presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Christianne Dias Ferreira.

Custo do reajuste

Atualmente, os ministros recebem R$ 33,7 mil. No ano que vem, o contracheque poderá ultrapassar R$ 39 mil. O aumento ainda depende de aprovação do Congresso e sanção do presidente da República.

Segundo estimativa foi feita pelas consultorias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal proposta de reajuste do salário dos ministros do STF teria um impacto de R$ 4 bilhões nas contas públicas, considerando o Executivo, Legislativo, Ministério Público e também os estados da federação.

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