Câmara de Vereadores de Jaú (SP) aprovou nesta semana a criação de cinco novas secretarias e uma Ouvidoria Geral, o que vai gerar um aumento de R$ 158 mil por
Redação Publicado em 06/07/2018, às 00h00 - Atualizado às 13h01
Câmara de Vereadores de Jaú (SP) aprovou nesta semana a criação de cinco novas secretarias e uma Ouvidoria Geral, o que vai gerar um aumento de R$ 158 mil por ano no orçamento público.
Além da ouvidoria geral, a prefeitura vai contar a partir de agora com as seguintes secretarias: Comunicação, Justiça e Defesa da Cidadania, Proteção e Direitos dos Animais, Administrações Regionais e Políticas Públicas para as Mulheres.
O projeto chegou à votação na Câmara de Jaú em regime de urgência na última sessão. A maioria dos vereadores votou a favor.
O Tribunal de Justiça tinha dado prazo de 120 dias que terminava no começo de julho para que a prefeitura dispensasse uma série de servidores de cargos comissionados que estariam nos cargos irregularmente.
O secretário de Governo alega que a “reestruturação” foi feita para garantir mais qualidade na prestação de serviço à população. Carlos Moretto diz que o número de comissionados até diminuiu com a medida, de 193 para 180.
A administração também vai aumentar o percentual de funcionários concursados, de 5% para 10% do total de vagas. Mas ele sabe que o “inchaço” da máquina pública vai custar mais aos cofres municipais.
“Mas o que vale mais um serviço de maior qualidade prestado aos moradores, um trabalho melhor redistribuído para a população, uma prestação de contas mais eficiente ou uma economia de R$ 8 mil por mês? Porque esse gasto total no ano vai ser diluído ao longo dos meses e um gestor público tem que ter o cuidado para não ver o dinheiro escapando entre os dedos”, afirma.
Por ano, a despesa será aumentada em R$ 158 mil ou quase R$ 400 mil até o fim desta administração.
Vereador contrário à criação das novas secretarias, Tuco Bauab (PMDB) questiona os gastos que o município vai ter em um período em que as administrações públicas precisam enxugá-los por causa da crise econômica.
“Criando essas secretarias, você gera mais gastos. Só de secretarios são R$ 400 mil de gastos a mais, a gente precisa de medidas para diminuir as despesas, equilibrar os cofres públicos. Só neste ano houve uma inadimplência de 46% no IPTU. Não era para criar essas secretarias, num momento que está todo mundo batalhando para enxugar os gastos.”