Os que hoje se colocam contra ou relativizam a Lava Jato, estão também contra o Brasil e os brasileiros. Todo apoio à operação que está tirando o país das mãos dos que estavam destruindo-o!
Os que hoje se colocam contra ou relativizam a Lava Jato, estão também contra o Brasil e os brasileiros. Todo apoio à operação que está tirando o país das
Redação Publicado em 29/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 14h14
O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (29) pelo Twitter que estar contra ou relativizar a Operação Lava Jato é estar “contra o Brasil e os brasileiros”.
Bolsonaro publicou o comentário no Twitter no mesmo dia em que o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi preso. A força-tarefa da Lava Jato deu voz de prisão a Pezão por volta das 6h no Palácio Laranjeiras, residência oficial do chefe do estado.
Batizada de Boca de Lobo, a operação é baseada na delação premiada de Carlos Miranda, operador financeiro de Sérgio Cabral.
“Os que hoje se colocam contra ou relativizam a Lava Jato, estão também contra o Brasil e os brasileiros. Todo apoio à operação que está tirando o país das mãos dos que estavam destruindo-o!”, escreveu o presidente na rede social.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Pezão operava esquema de corrupção próprio – ele foi vice do governador Sérgio Cabral e também participou do esquema liderado pelo ex-governador.
Ainda segundo o MPF, há registros documentais do pagamento em espécie a Pezão de mais de R$ 39 milhões no período 2007 e 2015. De acordo com os investigadores, o valor é incompatível com o patrimônio declarado pelo emedebista à Receita Federal.
Futuro ministro da Justiça do governo Bolsonaro, o ex-juiz federal Sérgio Moro comentou nesta quinta-feira a prisão de Luiz Fernando Pezão em uma rápida conversa com jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição. Moro considerou a prisão “perfeitamente normal”, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
“É uma questão que foi decidida pela Justiça. O ministro Felix Fischer [do STJ], um grande ministro, tem todos os meus elogios e reconhecimento de todas as pessoas. É um assunto atinente à Justiça, então, algo perfeitamente normal”, opinou Moro.
Questionado sobre a possibilidade de criar na estrutura do Ministério da Justiça uma secretaria voltada para o combate à corrupção, Moro explicou que existe o “desejo”, mas que, no momento, não há recursos para isso.
O futuro ministro explicou que o “foco” das questões de corrupção ficará no Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do minitério, que será comandado pela delegada da Polícia Federal (PF) Érika Marena.
Sérgio Moro ainda declarou que a Secretaria de Operações Policiais Integradas, que será criada no ministério, poderá atuar em ações sobre corrupção. A estrutura será chefiada pelo delegado da PF Rosalvo Franco, ex-superintendente da PF no Paraná, que atuou em boa parte da Lava Jato.