Vacinas hexa e penta da rede privada seguem em falta; veja como vacinar

De acordo com o vice-presidente da SBim, Renato Kfouri, a falta dessas vacinas não chegou a ser resolvida dentro deste período. “É um problema de

Vacinas hexa e penta da rede privada seguem em falta; veja como vacinar -

Redação Publicado em 27/09/2016, às 00h00 - Atualizado às 16h13

Pais devem recorrer à rede pública e não atrasar calendário.
Associação diz que produção não atende à demanda.

De acordo com o vice-presidente da SBim, Renato Kfouri, a falta dessas vacinas não chegou a ser resolvida dentro deste período. “É um problema de abastecimento que ocorre há quase um ano, mas não sei precisar exatamente quando começou. A rede privada recebe uma quantidade pequena que acaba rapidamente, que não dá nem pra atender à demanda que está reprimida, nem às novas crianças que deveriam estar entrando no calendário”, disse.

Segundo Kfouri, documentos internacionais relatam um aumento mundial pela procura dessas vacinas e apenas alguns laboratórios a produzem. “Elas englobam a coqueluche, que tem uma versão acelular com uma tecnologia de produção um pouco mais complicada”, disse. “A justificativa que temos ouvido da indústria é que ocorreu um aumento mundial do consumo ainda não acompanhado do proporcional aumento da produção”.

A vacina hexavalente acelular, que está em falta, é também chamada de sêxtupla acelular e protege contra difteria, tétano, coqueluche, meningite provocada pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b, hepatite B e poliomielite. A pentavalente protege contra as mesmas doenças, exceto poliomielite.

A SBIm recomenda que os pais não atrasem o calendário e vacinem as crianças com a vacina pentavalente ou quíntupla de célula inteira encontrada no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com Kfouri, há maior risco de reação após a vacinação, como febre, dor local e irritação, mas a versão pública é tão efetiva quanto a das clínicas privadas.

Ainda de acordo com a SBIm, crianças que já receberam doses das vacinas acelulares também podem completar o esquema vacinal com as vacinas disponíveis na rede pública, de células inteiras, sem nenhum prejuízo no grau de proteção contra as doenças.

A vacina pentavalente encontrada nos postos e hospitais públicos protege contra difteria, tétano, coqueluche, meningite provocada pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B, e é dada em associação com a vacina contra poliomielite. “São duas vacinas, em vez de uma, mas o risco de ficar desprotegido contra as doenças é muito pior” do que o inconveniente de tomar uma vacina a mais, disse Isabella Ballalai, presidente da SBIm.

Qual a diferença entre vacina do SUS e vacina privada?
A diferença entre a vacina da clínica particular e a vacina dos postos de vacinação públicos é que a da clínica privada é acelular e a do posto é de células inteiras. Na prática, as duas são muito eficazes, mas a acelular tem a vantagem de provocar menos reações adversas. “Para quem pode se dar ao luxo de pagar a vacina acelular, ela é menos reatogênica”, diz Isabella.

“Mas, na falta dela, não só é seguro, como muito importante que as mães não deixem de procurar a rede pública para fazer a vacinação de seus filhos”, completa a médica. Informações sobre as vacinas recomendadas para cada faixa etária podem ser acessadas no site da SBIm.

O que dizem as empresas?
A Sanofi Pasteur confirmou o número limitado da vacina pentavalente no mercado brasileiro. A empresa francesa diz que a vacina é produzida em uma fábrica no Canadá e que, atualmente, está com restrição na capacidade de produção e distribuição não apenas no Brasil, mas também em outros países. A Sanofi pretente normalizar o abastecimento até o primeiro semestre de 2017.

Já a GSK, que fabrica a vacina Infanrix Hexa diz que recebeu nos últimos meses uma quantidade que não foi suficiente para atender à demanda, e que trabalha para assegurar uma regularização dos estoques locais com previsão de liberação de novas doses da vacina ao longo do mês de outubro.

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