Após reportagem do G1 mostrar a venda ilegal de receitas médicas no Centro de São Paulo para furar a fila da vacina, Unidades Básicas de Saúde (UBS) da
Redação Publicado em 01/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h54
Após reportagem do G1 mostrar a venda ilegal de receitas médicas no Centro de São Paulo para furar a fila da vacina, Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital passaram a reter cópias das receitas e atestados médicos de pessoas com comorbidades na vacinação contra a Covid-19.
Nesta segunda-feira (31), o G1 visitou 4 UBSs, na Zona Sul de São Paulo, e em 3 delas os funcionários disseram estar recolhendo cópias ou o comprovante original. Em uma delas, funcionários disseram que a documentação não está sendo retida.
A Prefeitura de São Paulo diz que o objetivo da retenção é evitar fraudes na fila da imunização. A medida foi anunciada no sábado (29) pelo secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) espera apurar a veracidade dos documentos apresentados e evitar fraudes contra os grupos prioritários na vacinação.
Na UBS Sacomã, na Estrada das Lágrimas, uma enfermeira informou que ficam com o documento original apresentado pela pessoa que vai se vacinar. Nas UBS Almirante Delamare e Vila Carioca, os funcionários informaram que estão solicitando uma cópia do comprovante.
Já na UBS Oswaldo Marasca Junior, na Vila Monumento, apesar de estar com o instrutivo da Prefeitura em mãos, o funcionário alegou que não fica com o comprovante original ou com a cópia em caso de pacientes com comorbidades.
Na parte da documentação exigida pela Prefeitura para a vacinação do público com comorbidade no último instrutivo do dia 27 de maio, é solicitado “documento de identificação (preferencialmente CPF), comprovante de condição de risco (receitas/relatórios físicos ou digitais, fotografia em celular, e demais formas desde que com identificação do paciente, CRM e na validade de 02 anos de emissão”.
De acordo com Aparecido, a retenção das receitas será por amostragem, para que sejam auditados esses atestados e laudos, com o objetivo justamente de impedir fraudes como as flagradas pelo G1, buscando os autores do crime e impedindo que pessoas sem doenças furem a fila da imunização.
“As unidades de saúde irão reter uma cópia dos atestados e receitas médicas de algumas doenças mais comuns, como hipertensão, para que se possa fazer depois uma averiguação da veracidade desses documentos, para que uma eventual fraude seja bloqueada”, disse Aparecido.
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G1