Diante das recentes enchentes que afetaram grandemente o Rio Grande do Sul, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu uma nota técnica destacando a importância da vacinação para aqueles que tiveram contato com a água contaminada e estão em abrigos. A recomendação é prioritária para desalojados, voluntários, socorristas, médicos, veterinários e grupos vulneráveis como crianças, idosos e gestantes.
Vacinas recomendadas
Em situações de desastre, a vacinação é crucial para prevenir surtos de doenças. As vacinas indicadas para aqueles afetados incluem:
- Covid-19 e influenza: Visando prevenir doenças respiratórias comuns em aglomerações, essas vacinas são essenciais para socorristas, voluntários, desalojados e pessoas em abrigos.
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola): Indicada para prevenir doenças respiratórias de fácil transmissão.
- Hepatite A e B: Importante para evitar infecções causadas por água e alimentos contaminados.
- Tétano: Fundamental para pessoas com ferimentos, especialmente em situações onde o contato com água contaminada é inevitável.
- Febre tifóide: Recomendada para prevenir infecções transmitidas por água contaminada.
- Raiva: Essencial para aqueles que tiveram contato com animais potencialmente infectados.
Quem deve ser vacinado?
Os públicos-alvo para a vacinação incluem:
- Socorristas e voluntários: Profissionais e voluntários que trabalham no resgate e assistência das vítimas.
- Abrigados e desalojados: Pessoas que foram resgatadas e estão em abrigos ou na casa de parentes.
- Grupos prioritários: Crianças, idosos, gestantes e pessoas imunodeprimidas.
A recomendação da SBIm leva em conta a emergência sanitária e a exposição contínua aos patógenos. Como muitos desalojados podem não ter acesso às suas carteiras de vacinação, a imunização deve seguir os esquemas completos para a faixa etária e condições de saúde de cada pessoa.
Esquema de Vacinação
- Influenza e covid-19: Indicadas a partir dos seis meses de idade.
- Hepatite A: Para imunodeprimidos, socorristas, gestantes e pessoas de 18 a 40 anos em situações de emergência.
- Tétano: Recomendado para quem não foi vacinado nos últimos cinco anos ou não possui comprovação de vacinação, especialmente em caso de ferimentos.
- Raiva: Vacinação pré e pós-exposição para veterinários, socorristas e pessoas que tiveram contato com animais potencialmente infectados.