Um laudo do Instituto Adolfo Lutz de São Paulo confirmou a morte por febre amarela de um macaco bugio encontrado na Estância Navarrete, região sul de São José do Rio Preto (SP). O macaco foi achado no dia 25 de agosto e o resultado do exame foi divulgado nesta quarta-feira (14). O animal foi encontrado morto por um morador, que avisou a Vigilância Epidemiológica.
A medida teve início nesta terça-feira (13), após a confirmação da morte do macaco. A febre amarela pode ser transmitida ao homem pelo mosquito aedes aegypti, também transmissor de dengue, vírus da zika e chikungunya. Mas o tipo diagnosticado no macaco é a febre amarela selvagem, que é transmitida por outro mosquito.
Equipes da secretaria estão visitando os loteamentos de chácaras, escolas e comércios para levantar a situação vacinal dos moradores em relação à doença. Quem ainda não foi vacinado ou está com a vacina em atraso recebe a dose no momento da visita.
Além dessa ação, agentes de saúde vão estar nas localidades na quinta-feira (15) e sexta-feira (16), para bloqueio. Serão visitados imóveis para retirada de potenciais criadouros e no sábado (17) será iniciada nebulização com veneno a fim de eliminar mosquitos adultos. O município de São José do Rio Preto não registra casos, nem óbitos por febre amarela em humanos desde o ano 2000.
Doença
A febre amarela é uma doença grave, que pode matar, por isso a importância da vacinação para quem ainda não tomou a vacina ou está com a dose em atraso. Rio Preto tem a vacina disponível em qualquer uma das 27 unidades de saúde do município.
A vacina, no entanto, não é recomendada para mulheres grávidas, mulheres que estejam amamentando criança com menos de 6 meses de vida, pessoas com doenças ou em tratamento que prejudique a resposta imunológica (HIV/AiDS, quimioterapia, etc) e pessoas com alergia grave ao ovo ou a algum componente da vacina.
Outro caso
Neste ano um operário de 38 anos morreu por causa da febre amarela na região de Rio Preto. A vítima morava emBady Bassitt (SP) e morreu depois de ficar duas semanas internado no Hospital de Base de Rio Preto. Há oito anos a região não registrava casos desta doença. Esse caso de febre amarela é do tipo silvestre e não da urbana, segundo a Sucen.