Thales foi internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital das Clínicas no dia 2 de setembro e morreu dois dias depois.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), esse é o quarto caso confirmado de febre maculosa em residentes de Belo Horizonte em dez anos. Ela informou ainda que “distribui, de forma periódica, um folder informativo para a população. O material contém informações sobre várias medidas preventivas para evitar o contato com os carrapatos, além de providências a serem tomadas em caso de suspeita picada por esse vetor”.
No dia oito de setembro, o prefeito Márcio Lacerda havia recomendado à população a evitar contato com a vegetação do parque da Pampulha.
A Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte informou que “ações preventivas, no sentido de evitar a incidência de carrapatos no Parque Ecológico da Pampulha, área de conservação ambiental, localizada na Avenida Otacílio Negrão de Lima, são realizadas periodicamente”.
Neste ano, 15 notificações por suspeita de febre maculosa foram descartadas, portanto não há nenhum caso confirmado da doença. Em 2015, foram recebidas 62 notificações e todos os casos investigados foram descartados para a doença.
A doença
A febre maculosa é transmitida pelo chamado “carrapato estrela”. Esse animal tem como hospedeiros principais os cães, cavalos, as aves e capivaras. A doença se manifesta repentinamente acompanhada de vários sintomas, como febre alta, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas e vômitos.
A doença tem um ciclo de incubação que dura de cinco a dez dias, até se manifestar. Um dos maiores problemas apontados pelos médicos é o fato de que os sintomas se parecem com os de outras doenças, como a dengue. A demora no diagnóstico pode levar à morte.
De acordo com nota da SMSA, desde 2015 “é realizado o controle químico de carrapatos em cavalos, sendo esse animal o principal hospedeiro do carrapato estrela. Esse trabalho é feito em parceria com a Associação dos Carroceiros e Universidade Federal de Minas Gerais/Escola de Veterinária”.
Capivaras
Em março, a Justiça decidiu pela liberação dos animais que haviam sido confinados pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). De acordo com o município, que recorreu da decisão, a captura das capivaras é uma questão de saúde pública.