Pelo menos 2.981 funcionários públicos estão afastados com Covid-19 ou gripe em 18 cidades da região metropolitana de São Paulo, de acordo com levantamento da
Redação Publicado em 12/01/2022, às 00h00 - Atualizado às 15h39
Pelo menos 2.981 funcionários públicos estão afastados com Covid-19 ou gripe em 18 cidades da região metropolitana de São Paulo, de acordo com levantamento da TV Globo.
Dos 39 municípios da Grande São Paulo, 17 responderam aos questionamento da reportagem e a cidade de São Paulo informou que ainda vai atualizar os números, mas que contabiliza 1.585 funcionários afastados até dia 6 de janeiro.
Veja a relação de servidores afastados em cada cidade:
Cidades da Grande SP têm funcionários afastados por Covid-19 ou gripe — Foto: Reprodução TV Globo
Segundo dados da própria prefeitura, em 9 de dezembro do ano passado, a cidade tinha 90 profissionais afastados pela doença – entre médicos, enfermeiros, agentes de saúde e auxiliares de enfermagem. Quatro semanas depois, no dia 6 de janeiro de 2022, já eram 269 registros, um crescimento de 198,8%.
O quadro em relação aos profissionais da rede pública que foram afastados por outras síndromes gripais, como Influenza, não é muito diferente. No mesmo período de comparação, os registros passaram de 502 para 1.209, um aumento de 140,8%. Considerando todas as causas de afastamento, a cidade de São Paulo tinha até o dia 6 de janeiro 1.585 profissionais de saúde da rede pública longe das suas atividades. Além disso, 107 dos profissionais de saúde da capital morreram desde o início da pandemia da Covid-19.
Na UBS Jardim Tietê 2, na região de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, não tem médico desde o início deste ano. Na unidade há apenas profissionais de enfermagem. Os pacientes também reclamaram de falta de medicação.
“É lamentável o jeito que se encontra o nosso posto de saúde. Eu tô com o exame do meu médico, ele pegou coronavírus e não tem médico para mostrar. Está mais ou menos um mês sem médico”, lamentou um senhor que reside na região.
“A gente só passa com a enfermagem, só tinha duas médicas que estão afastadas com Covid”, lamentou uma paciente.
As categorias de médicos e enfermeiros têm questionado as decisões recentes da Prefeitura de São Paulo e diz que a contratação de 280 profissionais não é suficiente para sanar a sobrecarga acumulada nos últimos dois anos de pandemia. Desde dezembro do ano passado, a Secretaria Municipal de Saúde decidiu ampliar os atendimentos na rede primária, principalmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), como vacinação contra a Influenza, testagem em massa para gripe e Covid e abertura das UBS aos sábados.
Pacientes esperam atendimento em fila da UBS Tietê 2 em São Mateus, na Zona Leste de SP — Foto: Reprodução TV Globo
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G1