Polícia Federal indiciou o ex-presidente e aliados por fraude em dados de imunização contra a covid-19
Gabrielly Bento Publicado em 19/03/2024, às 18h27
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, emitiu um despacho nesta terça-feira (19) concedendo 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República se pronuncie sobre o relatório que indicia Jair Bolsonaro e mais 15 suspeitos de manipular a carteira de vacinação do ex-presidente.
Este relatório revela a inserção de informações falsas no sistema do Ministério da Saúde, no âmbito da Operação Verine.
O documento de 231 páginas, até então sigiloso, foi levado ao conhecimento público por Moraes. Nele estão detalhadas as operações do suposto esquema que favoreceu não somente Bolsonaro, mas também sua filha Laura e aliados próximos.
Segundo o UOL, o indiciamento foi entregue ao gabinete do ministro nesta segunda-feira, 18, marcando o próximo passo do processo. Agora, o caso segue para o Ministério Público Federal, onde será avaliado se haverá denúncia formal à Justiça para a abertura de um processo judicial. A responsabilidade por este parecer recai sobre o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A Polícia Federal sustenta que Jair Bolsonaro "agiu com consciência e vontade" na manipulação de sua própria carteira de vacinação, instruindo o ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel Mauro Cid, a "intermediar a inserção de dados falsos" nos sistemas do Ministério da Saúde.