Lula anuncia intenção de substituir presidente do Banco Central e exige coragem para alterar juros

Gabriel Galípolo é cotado para substituir Campos Neto no BC

Banco Central - Imagem: Reprodução | UOL

Marina Milani Publicado em 16/08/2024, às 17h10

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou sua intenção de substituir o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra em dezembro deste ano. Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária da instituição, é o nome mais cotado para assumir o posto. Antes de tomar a decisão final, Lula planeja discutir a indicação com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em uma tentativa de evitar conflitos políticos.

Lula, que tem sido um crítico constante de Campos Neto, expressou insatisfação com a taxa de juros, atualmente fixada em 10,5% ao ano. Segundo ele, esse nível não se justifica e precisa ser reduzido para impulsionar a economia. Embora critique a condução da política monetária, o presidente afirmou não ter problemas pessoais com Campos Neto.

Além da questão do Banco Central, Lula reafirmou seu compromisso de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil e de isentar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da tributação. Ele admitiu, porém, que enfrentar desafios no Congresso, onde sua base de apoio é considerada frágil.

O presidente também destacou a necessidade de reformar a tributação sobre dividendos, citando o exemplo dos acionistas da Petrobras, que receberam R$ 45 bilhões em dividendos sem pagar imposto de renda sobre esses valores. Para Lula, essa situação reflete a urgência de uma reforma tributária que corrija desigualdades. 

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