Polícia apura se mortes em clínica que recolhe moradores de rua foram causadas por virose

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar as 14 mortes em um mês de pessoas assistidas em um abrigo de Jarinu (SP) desde o início de junho. Durante este

Polícia apura se mortes em clínica que recolhe moradores de rua foram causadas por virose -

Redação Publicado em 21/07/2017, às 00h00 - Atualizado às 15h24

Inquérito investiga a possível relação de surto da doença com as 14 mortes de pacientes em um mês de Associação Missão Belém, em Jarinu.

Polícia Civil investiga relação de possível surto de virose com mortes em abrigo de Jarinu

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar as 14 mortes em um mês de pessoas assistidas em um abrigo de Jarinu (SP) desde o início de junho. Durante este período, outros 24 pacientes tiveram sintomas de virose na Associação Missão Belém.

Após a morte dos 14 assistidos, o local recebeu a visita da polícia, peritos e de técnicos da Vigilância Sanitária. Além dos relatórios, o delegado vai ouvir algumas pessoas que vivem na Missão Belém.

“Tendo em vista que ocorreram várias mortes em um curto espaço de tempo, vamos apurar se essas mortes são de causas naturais ou não, ou são de maus-tratos ou de insuficiência de atendimento”, afirma Elias Evangelista.

A Secretaria de Saúde de Jarinu informou que foram coletadas amostras de água e materiais pessoais de cinco pessoas que tiveram virose. Elas foram encaminhadas para o Instituto Adolfo Lutz e o resultado deve sair em 30 dias.

Clínica é investigada por morte de 14 pacientes (Foto: Reprodução/TV TEM )

Causas naturais

Michael Ortiz, coordenador geral da unidade, que atende mais de 300 pessoas, afirma que uma série de fatores pode ter contribuído para as mortes, mas reforça que nos atestados de óbitos aparecem causas naturais.

“A gente está falando de pessoas debilitadas e doentes. Junto com o inverno rigoroso que estamos enfrentando, elas adoeceram e por causa das enfermidades que eles já portavam – do passado e da vida na rua – elas morreram”, afirma Ortiz.

Segundo o coordenador, na cidade há três chácaras que juntas dão atendimento para 800 homens com comida, alojamento e orações. Todas as pessoas que estão na Associação Missão Belém têm históricos de dependência química, situação de rua, idosos e abandono.

Michael Ortiz reforça morte de pacientes por causas naturais (Foto: Reprodução/TV TEM )

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