PF cumpre mandados em operação que investiga desvio de recursos na Região

A Polícia Federal de Jales e o Ministério Público Estadual de Estrela d’Oeste (SP) deflagraram na manhã desta terça-feira (21) a Operação Catatau, que

PF cumpre mandados em operação que investiga desvio de recursos na Região -

Redação Publicado em 21/02/2017, às 00h00 - Atualizado às 16h43

Operação Catatau investiga gestão de ex-prefeito de Dolcinópolis (SP).
São cumpridos 23 mandados em cidades do noroeste de SP e na Bahia.

A Polícia Federal de Jales e o Ministério Público Estadual de Estrela d’Oeste (SP) deflagraram na manhã desta terça-feira (21) a Operação Catatau, que investiga a suspeita de desvios de recursos públicos durante gestão do ex-prefeito de Dolcinópolis (SP). Milhões de reais em pagamentos suspeitos, feitos durante a gestão dele, são investigados.

A Justiça Estadual de Estrela d’Oeste (SP) expediu dois mandados de prisão temporária, 10 conduções coercitivas, quando a pessoa é levada a prestar depimento, e 11 mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos em Porto Seguro (BA), Dolcinópolis (SP), distrito de Fátima Paulista em Turmalina (SP), Cardoso (SP), Pontalinda (SP) e Jales (SP).

O ex-prefeito de Dolcinópolis, José Luiz Reis Inácio de Azevedo (PSDB) foi preso pela PF em Porto Seguro, na manhã desta terça-feira (21). Após o fim do mandato em 2016, ele mudou com a família e uma empregada para Porto Seguro. Nenhum advogado do ex-prefeito foi encontrado para falar sobre o caso.

O ex-prefeito abriu duas empresas naquela cidade, que também são alvos das buscas. A ex-tesoureira da prefeitura também é alvo de dois mandados de busca e apreensão em Fátima Paulista e Dolcinópolis (SP).

O delegado Cristiano Pádua da Silva diz que são investigados serviços, convênios, consultorias, compras e obras com pagamentos suspeitos. “São pagamentos com recursos provenientes da repatriação, recebidos do governo federal e usados nos últimos dias do ano de 2016. Em Dolcinópolis, estes valores foram pagos apenas a alguns servidores, ligados ao ex-prefeito, e fornecedores do município.”

Prisões preventivas
Um sócio do ex-prefeito, que é apontado como ‘laranja’, também foi preso em Dolcinópolis. Após o fim do mandato do ex-prefeito, este sócio voltou a polir veículos e atualmente faz bicos na cidade, sem emprego fixo. Na gestão do ex-prefeito, ele figurou como sócio em construtoras e empresas de consultoria, com capital social acima de R$ 1 milhão, que prestavam serviços para o município de Dolcinópolis.

Em Jales, a casa da irmã do ex-prefeito e de um médico (cunhado do ex-prefeito) foi vasculhada pelos federais em busca de provas de interesse das investigações. Eles também serão conduzidos coercitivamente para prestar esclarecimentos. Contadores, empresários e prestadores de serviços também estão entre os alvos da operação.

O ex-prefeito será conduzido por policiais federais em vôo de Porto Seguro até Rio Preto, onde deve chegar por volta das 19h e será escoltado em viatura até Jales para ser ouvido pelas autoridades responsáveis pelas investigações.

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