Veículo comprado pela advogada está em nome de uma concessionária alvo de uma investigação
William Oliveira Publicado em 26/09/2024, às 10h20
Na noite desta quarta-feira (25), durante uma operação policial, uma McLaren avaliada em R$ 2,9 milhões, pertencente à advogada e influenciadora Deolane Bezerra, foi apreendida durante investigações criminais que envolvem lavagem de dinheiro através da compra e venda de veículos de luxo.
Anteriormente, em agosto, o mesmo veículo já havia sido confiscado quando Gilliard Santos, filho da influenciadora, foi flagrado dirigindo o automóvel sem habilitação na zona leste de São Paulo. Naquela ocasião, o veículo estava sem placas e apresentava alterações na cor original.
Na primeira apreensão, a McLaren foi encaminhada para um pátio de recolhimento de veículos, onde passou por perícia e posteriormente foi devolvida à família Bezerra. No entanto, a recente ação policial assume contornos mais graves, sendo parte de uma investigação que apura um esquema de lavagem de dinheiro.
O veículo luxuoso está registrado em nome de uma concessionária que é alvo da operação policial e foi levado ao pátio da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Campinas. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou ao portal Metrópoles que a apreensão foi resultado do cumprimento de um mandado judicial relacionado à investigação criminal.
“No local, encontraram um veículo com bloqueio judicial, que estava na posse de uma mulher de 36 anos [Deolane Bezerra]”, declarou a SSP.
O caso acabou sendo registrado na Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) do Deinter 2 como localização e apreensão de veículo. Segundo as investigações, Deolane estaria envolvida em um esquema ilícito vinculado a apostas ilegais e chegou a ser presa por 15 dias em Pernambuco.
Atualmente, embora esteja em liberdade, a influenciadora deve cumprir uma série de medidas cautelares enquanto o processo judicial segue seu curso. Entre as restrições impostas pela Justiça estão o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de comunicação com outros investigados e a manutenção constante sob vigilância.