PREJUÍZOS

Falta de energia causa prejuízos massivos ao comércio e serviços em SP

Quatro dias de apagão deixam empresas sem operar e população sem serviços essenciais

O apagão prolongado afeta milhares de estabelecimentos e paralisa setores vitais da economia - Imagem: Reprodução / Paulo Pinto / Agência Brasil

Sabrina Oliveira Publicado em 15/10/2024, às 10h41

O apagão que atinge a cidade de São Paulo e parte da região metropolitana já ultrapassa quatro dias e trouxe um impacto devastador ao comércio e aos serviços locais. Segundo levantamento da Fecomércio-SP, as perdas acumuladas somam R$ 1,65 bilhão, sendo R$ 536 milhões apenas no setor de varejo e R$ 1,1 bilhão nos serviços.

Desde sexta-feira (11), a falta de energia afeta cerca de 250 mil endereços na Grande São Paulo, incluindo comércios, hospitais e residências. A situação se agravou após um temporal atingir a região, derrubando árvores e danificando a infraestrutura elétrica. Até o momento, muitas empresas continuam de portas fechadas, prejudicando o faturamento e a prestação de serviços.

A Fecomércio-SP alertou para o efeito devastador desse blecaute prolongado. "As empresas estão enfrentando dificuldades para manter as operações. Muitas tiveram que alugar geradores e arcar com custos extras, o que agrava ainda mais os prejuízos", afirmou a entidade em comunicado oficial.

O apagão afeta não só o comércio físico, mas também serviços essenciais que dependem de eletricidade e internet. Farmácias, restaurantes e mercados reportaram perdas significativas, enquanto hospitais precisaram recorrer a geradores para manter equipamentos funcionando. A Enel Distribuição SP, responsável pelo fornecimento de energia, admitiu dificuldades em normalizar a situação e anunciou uma força-tarefa para acelerar o processo.

Além do impacto econômico, a população também tem enfrentado transtornos. Moradores relatam problemas com o armazenamento de alimentos perecíveis e dificuldades de comunicação, já que a falta de energia prejudica o sinal de internet e redes móveis.

Para tentar resolver a crise, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a mobilização de outras concessionárias do país para apoiar a Enel. "Estamos ampliando a equipe para quase 3.000 funcionários e reforçando a frota de caminhões para atender as demandas com mais rapidez", declarou o ministro.

Silveira criticou a falta de planejamento da Enel e exigiu uma solução imediata. "É inadmissível que uma cidade do porte de São Paulo fique tanto tempo sem luz. Precisamos de uma resposta eficaz e rápida para restabelecer a normalidade", afirmou.

Por enquanto, a concessionária não apresentou um prazo definitivo para o fim do apagão, o que tem gerado frustração entre empresários e moradores. A Fecomércio-SP também cobrou mais agilidade na recuperação da rede elétrica e ressaltou a necessidade de maior transparência por parte da distribuidora.

Diante das dificuldades, alguns estabelecimentos buscaram alternativas. Restaurantes improvisaram jantares à luz de velas para continuar atendendo clientes, enquanto mercados relataram prejuízos com produtos que estragaram por falta de refrigeração.

Além disso, escolas estaduais afetadas pela falta de energia foram obrigadas a suspender as aulas. De acordo com a Secretaria de Educação, equipes de manutenção estão atuando para garantir que as atividades sejam retomadas assim que possível.

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