Chocante

George Santos é acusado por ex-assessor de assédio sexual no Capitólio dos EUA

A denúncia foi enviada pela vítima ao Comitê de Ética da Câmara

George Santos, deputado do Congresso dos EUA - Imagem: reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 05/02/2023, às 14h50

O deputado norte-americano George Santos foi acusado recentemente por Derek Meyers, que trabalhou brevemente em seu escritório, de ter cometido o crime de assédio sexual.

Segundo o jornal New York Times, a acusação foi enviada por carta ao Comitê de Ética da Câmara dos EUA.

O reclamante passou uma semana em janeiro como voluntário no gabinete de Santos, que é filho de brasileiros, enquanto esperava para ser efetivado no cargo, mas a promoção não ocorreu.

No documento, Meyers contou que estava sozinho com Santos em seu escritório no dia 25 de janeiro quando o deputado lhe teria perguntado se ele tinha um perfil no Grindr, um aplicativo de relacionamentos. Após dizer “não”, Santos teria tocado sua perna e o convidado para um karaokê.

"Enquanto estava em seu escritório pessoal revisando a correspondência, ele me chamou de 'amigo' e insistiu que eu sentasse ao lado dele em um pequeno sofá", relatou Derek Meyers na carta, segundo o site Newsweek.

“Continuei com a discussão sobre a correspondência, mas o congressista me interrompeu colocando a mão na minha perna esquerda, perto do meu joelho, e disse: 'Ei amigo, vamos ao karaokê hoje à noite?”.

E acrescentou, em um post no Twitter: "São ofensas graves e as evidências e os fatos falarão por si se o comitê abordar o assunto".

Uma porta-voz da deputada Susan Wild, que é membro do Comitê de Ética da Câmara, confirmou que o ex-assessor entregou uma carta em seu escritório.

Até o momento, a assessoria de Santos não respondeu aos pedidos de resposta da imprensa norte-americana, e seu advogado se recusou a comentar as alegações de Meyers.

Polêmicas

George Santos é alvo de diversas investigações sobre seus negócios e finanças de campanha, além de ser pego mentindo várias vezes.

O deputado, que já reconheceu ter mentido seu currículo, é acusado de enviar e-mails a apoiadores oferecendo visitas ao Congresso em troca de "doações" de até US$ 500, uma ação que é proibida pelas regras da Legislativo.

Após recuar diante das denúncias, Santos afirmou esta semana que renunciará à participação em comitês legislativos.

No Brasil, o Ministério Público do Rio de Janeiro reabriu um processo por estelionato que estava suspenso porque as autoridades não sabiam do paradeiro de George Santos.

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