COLUNA

Dica cultural: livro "O Condomínio", de Carlos Lopes

Livro "O Condomínio", de Carlos Lopes - Imagem: Divulgação

Marcelo Emerson Publicado em 05/09/2024, às 06h00

Há certos gêneros literários que parecem predominar quando falamos de literatura. O romance parece ser o gênero literário mais consagrado no gosto do público, mas se mencionarmos as revistas em quadrinhos, poucas pessoas as associarão com literatura.

A despeito disso, há um novo gênero literário que vem conquistando mais espaço no cenário da literatura: os romances gráficos, ou, na expressão estrangeira, “graphic novels”. Nos romances gráficos, o texto literário interage com as ilustrações.

O gênero surgiu na década de 70 e com o tempo acolheu bem as biografias e as narrativas memorialísticas.

E é nesta categoria que se situa o romance gráfico “O Condomínio”, de autoria do ilustrador, escritor e jornalista Carlos Lopes.

A descrição do projeto que está em campanha no site de financiamento coletivo Catarse informa que: “O CONDOMÍNIO trata de um conjunto de três edifícios modernistas construídos no Leblon, Rio, nos anos 1950, quando o bairro era fora de rota, de moda, um areal.

Erguido para abrigar jornalistas e os pracinhas da segunda guerra, o vizinho dos prédios era a favela da Praia do Pinto com 15 mil habitantes. A construção ocorreu durante o governo democrático de Getúlio Vargas interrompido por um golpe militar e o suicídio”.

Carlos Lopes se consagrou no cenário da música brasileira como compositor, guitarrista e vocalista das bandas Dorsal Atlântica, Mustang e Usina Le Blond.

Não é a primeira vez que Lopes transita pela seara da literatura. Ele já escreveu os livros Guerrilha! (biografia oficial da Dorsal), Mágica vida mágica (com base em experiências espirituais pessoais) e O Segredo J (ficção baseada em política e teorias conspiratórias).

Lopes sempre primou pela crítica social em sua arte. As letras da banda Dorsal Atlântica são marcadas por denúncias das mazelas políticas e sociais do Brasil

O livro “O Condomínio” segue o mesmo viés: “A história em quadrinhos não fala apenas sobre os prédios e seus moradores, mas serve como microcosmo da sociedade brasileira”.

A campanha está aberta no site Catarse até o dia 27 de outubro de 2024.

Cultura

Leia também