Sem vaga em Tóquio, prudentina lamenta ano conturbado e espera estar mais preparada para 2024

A vaga nas Olimpíadas de Tóquio, tão esperada pela velocista Maria Victória Belo de Sena, não foi alcançada. Diante da frustração, a atleta de Presidente

toquio -

Redação Publicado em 13/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h56

Velocista acredita que ausência nas Olimpíadas seja resultado de contratempos enfrentados na temporada; de cabeça erguida, ela se organiza de olho em novos desafios: Sula e Pan Sub-23

Mesmo sendo nova, é um sonho que ainda não foi realizado. Mas estou com 20 anos ainda, então vou pensar na próxima e acredito que estarei mais experiente e preparada física e psicologicamente.
— Maria Victória Belo de Sena, velocista de Prudente

A vaga nas Olimpíadas de Tóquio, tão esperada pela velocista Maria Victória Belo de Sena, não foi alcançada. Diante da frustração, a atleta de Presidente Prudente se mostra consciente dos fatores determinantes para a não realização do sonho. O ano até aqui está sendo conturbado, marcado por lesão e pela Covid, e, também por isso, o desempenho foi na contramão do planejado.

Agora o foco é outro. A velocista se prepara para participar de duas competições internacionais no segundo semestre: o Sul-Americano, em novembro, e o Pan-Americano Sub-23, em dezembro. Com a cabeça erguida e o pensamento positivo, a jovem disse não estar desanimada e só pensa em fazer uma boa preparação.

– Tenho que trabalhar para essas competições que são muito importantes e onde também estarão os melhores do mundo. Esse momento é de levantar a cabeça para chegar nelas bem – falou Maria Victória.

Como tudo aconteceu

A velocista sonhava e mostrava ser possível se garantir em Tóquio. Desde 2019, mesmo sendo da categoria juvenil, ela ocupava um lugar entre as três melhores do Brasil nos 400m. Esse era um dos meios para se obter a convocação às Olimpíadas (pelo menos no revezamento 4x400m misto), por isso, a velocista achava que neste ano não seria diferente.

Tudo corria bem. Maria Victória, inclusive, foi uma das convocadas para participar de atividades do Programa de Preparação Olímpica (PPO), no final de janeiro. Porém, no início de março, a atleta contraiu a Covid, precisou interromper os treinos e dedicou alguns dias ao isolamento. Perdeu condicionamento físico até o retorno às pistas. A jovem também visava participar de outra etapa do PPO, nos Estados Unidos, mas não conseguiu a emissão do visto por conta das restrições no consulado devido à pandemia.

Prudentina (à dir.) ficou sem vaga em Tóquio, avaliou cenário e levantou a cabeça — Foto: Wagner Carmo/CBAt

Mesmo diante dos desafios, a velocista conseguiu correr melhor que na última temporada. Ela ainda teve um respiro em meio a tantas tribulações e passou a integrar o time de atletas da Marinha do Brasil. Mas, em um ano ainda mais concorrido por conta dos Jogos Olímpicos, caiu de posição no ranking nacional.

– Estava entre as três melhores do Brasil e achava que neste ano iria conseguir me manter. Aconteceram algumas coisas que não ajudaram. Tudo foi uma somatória. Em questão de resultado, fui melhor, mas não competi muito, como deveria, e por ser um ano olímpico, a concorrência ficou ainda mais difícil.

Maria Victória ocupa atualmente a quarta colocação do ranking nacional adulto dos 400m, com o tempo de 52s75. Mesmo ficando abaixo do esperado, a atleta conseguiu obter seu melhor índice da carreira durante a prova realizada no 97º Campeonato Paulista de Atletismo, no dia 27 de junho. Sinais de que o futuro será diferente, principalmente em Paris 2024? O tempo e o trabalho mostrarão.

*Colaborou sob a supervisão de João Paulo Tilio.

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Fontes: G1 – Globo.

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