Olimpíadas põem à prova força física das mulheres em diferentes esportes

Pense em uma mulher forte. Possivelmente passou pela sua cabeça um exemplo de resiliência, de persistência, de alguém que enfrentou uma grande provação e

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Redação Publicado em 20/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h41

Pense em uma mulher forte. Possivelmente passou pela sua cabeça um exemplo de resiliência, de persistência, de alguém que enfrentou uma grande provação e venceu. No esporte todas estas qualidades são postas à prova. Mas algumas atletas mostram, além desta força mental e moral, têm força física muito acima da média.

Comecemos pelo exemplo mais óbvio: uma halterofilista. Jaqueline Ferreira compete na categoria até 87 quilos. Consegue erguer até 135kg num movimento de explosão que põe em xeque também muita técnica.

– Para mim sempre foi muito normal. São 18 anos já fazendo essa força aí. Se você não dominar aquela barra ela vem em cima de você numa velocidade muito grande. Meu recorde é 135 e estou querendo bater essa marca aí – disse a carioca, que competiu em Londres 2012 e na Rio 2016.

Jaqueline Ferreira em ação no levantamento de peso no Pan de Lima, em 2019 — Foto: REUTERS/Guadalupe Pardo

No judô, a força soma-se à técnica para manter-se de pé e derrubar o adversário. Mayra Aguiar, duas vezes medalhista olímpica e campeã mundial, há anos capricha na musculação para superar as rivais. Uma imagem feita em 2015 viralizou à época nas redes sociais e ainda repercute. Nela, Mayra sustenta uma barra não só repleta de anilhas, mas com dois integrantes da comissão técnica da Confederação Brasileira de Judô (CBJ)

– A gente estava sem peso de anilhas, estava faltando, ainda precisava botar e os meninos subiram. Meu pai ficou louco, ele não gostou, não gosta desse tipo de coisa, para que pegar tanto peso. “Pai, precisava.” São treinos adaptáveis.

Em outubro do ano passado, Mayra passou por uma cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e passou meses em recuperação. Sem poder pisar no tatame para treinar o combate em si e competir, focou justamente no preparo físico e chegará com força à Tóquio.

– Consegui ganhar uma massa muscular bastante grande nesse período de retorno em que fiquei, um período quase de base, sem pegar no quimono. Foquei muito na parte física. Por isso foi muito bom ter lutado o Mundial. Vi que precisava muito forcar na parte do tatame, porque na parte física específica do judô eu estava forte – disse, referindo-se à eliminação nas oitavas em Budapeste, único evento em que competiu após a reabilitação.

No judô não são apenas os pesados que precisam suar fora do tatame. Dentre os atletas mais leves, Paula Pareto impressiona com os vídeos que compartilha em suas redes sociais. Atual campeã olímpica da categoria até 48kg, a argentina exibe os músculos tensos em exercícios que requerem controle e resistência em níveis altos até no alto rendimento.

Na ginástica a graciosidade dos movimentos muitas vezes esconde a força por trás das apresentações nos aparelhos. Para evitar lesões e garantir a explosão necessária para executar as acrobacias é necessário trabalhar muito na academia.

– A gente faz leg press com 200kg, elevação com 110, 120. Tem exercícios unilaterais, só numa perna com duas vezes o nosso peso. (…) Quando eu era mais nova, criança, via aqueles homens fortões, braço desse tamanho fazendo flexão nas barras na praia, a gente chegava e começava fazer flexão. Ai passava o pessoal na rua buzinando, gritando: “É da ginástica”. Ficavam de boca aberta porque a gente fazia 30 e eles ficavam morrendo. Era engraçado, eu ria, porque eles não conseguiam fazer – contou Rebeca Andrade.

Rebeca Andrade em treinamento para o Pan de ginástica: graciosidade camufla a força necessária para executar acrobacias — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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