Medina lamenta desgaste por Yasmin, após COB liberar “marido-técnico” de outra atleta: “Desnecessário”

Uma das maiores esperanças do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, Gabriel Medina embarca neste sábado para o Japão. E, depois do longo imbróglio com o Comitê

MEDINA -

Redação Publicado em 16/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h16

Bicampeão mundial embarca neste sábado para Tóquio sem a esposa, mas terá o australiano Andy King como treinador no Japão

Uma das maiores esperanças do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, Gabriel Medina embarca neste sábado para o Japão. E, depois do longo imbróglio com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), ele acabou não tendo o seu pedido atendido para levar a esposa Yasmin Brunet como sua técnica.

Cada um dos 4 surfistas que vão representar o Brasil no Japão tem direito a levar um técnico pessoal. A entidade alegou que já tinha credenciado o australiano Andy King como treinador de Medina e que não poderia fazer a troca.

No entanto, na última quarta-feira, a entidade autorizou a troca do técnico da atleta de lançamento de disco Andressa Morais. Ela vai levar o marido Everton Luiz Ribeiro na vaga do seu treinador, o cubano Julian Meija, que não conseguiu sair de Cuba para ir ao Japão por conta dos conflitos em seu país. Medina lamentou não ter tido a mesma oportunidade:

– Tive um desgaste desnecessário. Eu pedi a ajuda do COB, eles não puderam me ajudar. Hoje mesmo eu vi uma notícia de que teve uma atleta que levou o marido, né? De última hora. E eu sinto que isso foi muito pessoal, que foi uma ajuda que eu pedi lá atrás. Até porque o meu staff todo era a minha mulher, que tem viajado comigo e no surfe sempre é assim. A gente viaja com a pessoa que te ajuda, que te acompanha e vira um técnico, ajudante geral. Não foi porque eu pedi para pagarem a passagem dela ou sei lá. É que inventaram várias histórias e não era isso o meu caso. Eu só queria levar ela como uma ajuda para mim psicológica. Eu gosto de estar com quem me faz bem, é assim que eu performo bem, é assim que eu tenho feito esse ano. Esse é o melhor ano da minha carreira, eu nunca tive resultados assim. E para minha vida pessoal é o que faz sentido. Eu entro na água não penso em mais nada, só quero surfar e eu tô bem. É essa pessoa que eu amo do meu lado e já era.

Disparado na liderança do ranking da Liga Mundial de Surfe (WSL), tendo feito até agora 5 finais nas 6 etapas disputadas, Gabriel confirmou que terá Andy King como seu técnico em Tóquio. A australiano trabalhou como técnico do bicampeão mundial na perna australiana do circuito, após Medina romper com o seu antigo treinador, o padrasto Charles Saldanha.

– A vida ensina, e eu quero tirar o melhor disso. Estou indo para o Japão e vou fazer o meu melhor. Quando se trata de trabalho, eu sou muito profissional e sou direto e reto, eu não fico causando desculpinha, eu só quero fazer meu trabalho bem. Queria fazer isso melhor. Estando com quem me ajuda de verdade do meu lado, mas não puderam me ajudar, tudo bem. Eu vou continuar com a mesma vontade de vencer e vou fazer o meu melhor nessa competição. Consegui colocar o Andy King, que foi um cara que também me ajudou lá na Austrália. Ele vai poder me acompanhar. É um cara do bem, que trabalha bem, então vamos nessa.

Medina, Italo Ferreira, Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima estão entre os 40 surfistas (20 homens e 20 mulheres) que estarão em ação no Japão a partir do dia 25 de julho, na praia de Tsurigasaki. A janela de disputas do surfe nas Olimpíadas está programada para acontecer em 4 dias seguidos, de 25 a 28 de julho. Se as condições do mar não estiverem boas para a conclusão do evento nesse período, as provas podem se estender até, no máximo, dia 1 de agosto.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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