Francis Ngannou exige que boxe seja parte de novo contrato com UFC

O atual campeão linear peso-pesado do UFC, Francis Ngannou, 35, pode fazer em janeiro sua última luta no contrato com a companhia. O combate contra o campeão interino, Ciryl Gané, no UFC 270, em 22 de janeiro em Anaheim (EUA), é o último de seu atual acordo. Apesar de a terminologia exata não ser pública e haver a possibilidade de o contrato ser estendido automaticamente com uma vitória, uma derrota pode encerrar a passagem de Ngannou pelo Ultimate.

O camaronês garante que pretende ficar na empresa, mas revelou ao site americano “TMZ” que tem uma exigência para a renovação: que lhe seja permitido lutar boxe. Testar-se no ringue é um dos sonhos do campeão.

– Sempre esteve no meu futuro. É algo de que não tirarei meus olhos. Isto vai acontecer de qualquer forma, mesmo se eu ficar. Mesmo se ou quando o UFC e eu finalmente finalizarmos um acordo, a parte do boxe tem que estar nele, porque não me vejo me aposentando sem lutar boxe – disse Ngannou.

Historicamente, a direção do Ultimate quase sempre barrou pedidos semelhantes, vindos de nomes como Anderson Silva e José Aldo. A única exceção foi Conor McGregor, que em 2017 convenceu o presidente da companhia, Dana White, a fazer uma copromoção para que ele enfrentasse o multicampeão mundial Floyd Mayweather Jr.

Caso não renove com o UFC, o boxe aparentemente seria a prioridade de Ngannou, conhecido por seus nocautes devastadores com as mãos. Ele se vê em condições de lutar de igual para igual com os grandes nomes de sua categoria também no ringue.

– Todos eles – Tyson Fury, Deontay Wilder – gostaria de me testar contra seu nível. Não é o mesmo esporte, mas eu sou o campeão, então estou no topo desta divisão, e no fim das contas, o que importa é jogar mãos, jogar socos, ter um bom sistema de golpes para jogar essas bombas. E tenho certeza que se eu jogar meus próprios socos bem, posso causar estrago (neles) – disse o campeão linear do UFC.