Ainda não confirmada, a próxima convocação da seleção brasileira principal está prevista para sexta-feira, dia 13 de agosto. A tabela prevê três confrontos
Redação Publicado em 08/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h35
Ainda não confirmada, a próxima convocação da seleção brasileira principal está prevista para sexta-feira, dia 13 de agosto. A tabela prevê três confrontos para o Brasil nas Eliminatórias entre 2 e 9 de setembro. A seleção brasileira é líder da competição com 18 pontos – seis jogos e seis vitórias.
O técnico Tite e a comissão técnica, que reiniciaram na última semana agenda de observações de cinco partidas in loco, têm material de sobra para analisar dos seis jogos da seleção de André Jardine na Tóquio 2020.
O Brasil vai enfrentar o Chile fora de casa – provavelmente dia 2 de setembro – e depois faz dois jogos em casa, contra a Argentina (previsto para domingo, 5) e diante do Peru (9).
As datas, os locais e os horários dos jogos cada federação precisa definir até a próxima sexta-feira, dia 10 de agosto, data prevista de convocação de Tite.
O ge analisa as chances por setor para a primeira lista do treinador após a derrota na Copa América para a Argentina, na final do Maracanã, realizada há menos de um mês.
Um dos três acima de 24 anos, Santos foi seguro no Japão e já tinha a confiança de Tite, da comissão e do preparador de goleiros Taffarel, que o colocam como quarto goleiro e em patamar parecido a Ederson, Alisson e Weverton. Ele é sempre uma opção em caso de lesão ou queda de rendimento do trio.
Não é novidade o desejo de Daniel Alves em ir a Copa no Catar. Ainda falta um ano e quatro meses, mas o lateral, que vai ter 39 anos em novembro de 2022, deu mais provas do rendimento físico numa Olimpíada com jogadores em grande maioria até 24 anos. Com a bola no pé, de liderança, nada muito diferente. Foi tudo aquilo que Tite reza para que se mantenha até o Catar.
É muito provável que reapareça na convocação das Eliminatórias e siga na disputa que tem Danilo, titular hoje, e Emerson, um reserva em ascensão e em nova fase, agora contratado pelo Barcelona.
Na esquerda, Guilherme Arana foi um dos destaques da campanha do Brasil em Tóquio. Lateral muito ofensivo, somente na final desse sábado finalizou três vezes e provocou jogadas pelo seu setor. Também tem bom arremate a média distância. Como ele mesmo disse, Tite o conhece. Sai do Japão credenciado a entrar no bolo que já tem Alex Sandro, Renan Lodi e Alex Telles, os últimos convocados.
Titulares em toda a campanha, Nino e Diego Carlos cresceram ao longo da competição. É verdade que sofreram em bolas aéreas, num comportamento que dependia também de entrosamento e pressão na bola cruzada de todo o sistema, mas fizeram mais uma boa partida na final.
Diego Carlos, já convocado por Tite, se credencia a voltar ao grupo da seleção principal e Nino, agora, pode até sonhar um pouco mais. Embora não estivesse exatamente no radar de Tite até as Olimpíadas.
A dupla de meias centrais se entendeu muito bem. Noves fora uma expulsão injusta contra Costa do Marfim, Douglas Luiz fez Olimpíada segura e mostrou qualidade um pouco mais solto – o que não acontece tanto no time de Tite – e Bruno Guimarães foi o principal articulador de ataque do time.
Tite encontrou na Copa América em Fred, do Manchester United, uma opção de confiança para atuar ao lado de Casemiro, mas certamente olha com carinho para o camisa 5 e o camisa 8 de Jardine. Inclusive porque os dois jogam em mais de uma faixa no meio de campo. Seja como primeiro homem ou mais avançados.
Negociado com o Zenit, da Rússia, Claudinho fez torneio olímpico regular. Teve bons momentos e já estava sendo observado pela comissão técnica de Tite. Jardine já fez lobby por sua convocação para a principal.
Em algumas oportunidades teve dificuldades de definir as jogadas ou de manter intensidade durante a partida – num setor cada dia mais espremido de campo -, mas é um sopro de criatividade num setor carente da seleção de Tite.
Até porque ninguém sabe ainda como vai voltar Philippe Coutinho, no Barcelona. Para o setor, Tite tem levado Lucas Paquetá e Everton Ribeiro.
Já consolidado, Richarlison foi artilheiro das Olimpíadas – cinco gols -, foi quem mais finalizou a gol na competição – 12 tentativas em 18 – e também quem mais sofreu e fez faltas em toda o torneio – cometeu 16 e sofreu 22. Uma mostra de toda a entrega que conquistaram Tite e companhia. Ele segue entre os preferidos do técnico.
Mas é claro que quem mais ganha pontos, por algumas características até semelhantes a de Richarlison, é Matheus Cunha. O camisa 9 joga na área e ajuda por fora, ajuda no combate, é incansável. Tite já o convocou uma vez e não vai ser surpresa se retornar na próxima lista.
Entre os outros atacantes, ganharam pontos jogadores importantes como Antony e Malcom, autor do gol do título. O setor na seleção principal tem grupo seleto que dificilmente sai da lista de Tite já na próxima lista. São eles: Neymar, Richarlison, Roberto Firmino e Gabriel Jesus. Mas as vagas de Everton, do Benfica, Gabriel Barbosa, do Flamengo, e Vini Jr, do Real Madrid, vão depender da sequência de cada um nos seus clubes e no que Tite pensa para a sequência do trabalho.
Antony dá a Tite a possibilidade de um canhoto que trabalha com pé invertido, o que chegou a tentar com David Neres em 2019, justamente na Copa América no Brasil. O atacante medalha de ouro em Tóquio carece um pouco de definição de lances, mas mostrou criatividade e evolução daquele jogador driblador que deixou o Brasil há dois anos.
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Fontes: Ge – Globo Esporte.