Cesta Básica

Preço da cesta básica sobe em diversas capitais brasileiras

O Dieese identificou aumentos na cesta básica em 10 capitais brasileiras, com São Paulo no topo

Preço da cesta básica sobe em diversas capitais brasileiras no mês de junho - Imagem: Reprodução / Idec

Sabrina Oliveira Publicado em 16/07/2024, às 12h00

O custo da cesta básica aumentou em 10 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em junho. As elevações mais expressivas ocorreram no Rio de Janeiro, com 2,22%, e em Florianópolis, com 1,88%, enquanto a maior redução foi observada em Natal, com uma queda de 6,38%.

São Paulo se destacou mais uma vez como a capital onde o conjunto de alimentos básicos apresentou o maior custo, atingindo R$832,69. Florianópolis vem logo em seguida, com R$816,06. Já nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju, com R$561,96, e Recife, com R$582,90.

Segundo o levantamento, a alta no custo da cesta básica foi influenciada pela elevação no preço da maioria dos produtos, como leite integral, que ficou mais caro em 16 das 17 capitais, e café em pó, que subiu em 15 capitais. O arroz também teve aumento em 12 capitais. Por outro lado, os únicos itens que registraram queda foram o feijão e o quilo da carne bovina.

No geral, a comparação dos valores da cesta entre junho de 2023 e junho de 2024 mostrou que o custo da cesta básica aumentou em 13 cidades, com destaque para as variações no Rio de Janeiro, com 9,90%, em Curitiba, com 7,66%, Brasília, com 7,51%, e Belo Horizonte, com 6,94%. A retração mais importante foi observada em Recife, com uma queda de 6,16%.

Quando comparado o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, verifica-se que o trabalhador comprometeu, em média, 54% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos. O número representa uma pequena redução em relação a junho de 2023, quando o percentual ficou em 55,63%.

Com base na cesta mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas em março deveria ter sido de R$6.995,44, ou 4,95 vezes o mínimo de R$1.412. No mesmo período do ano passado, quando o piso mínimo era de R$1.320, o valor necessário ficou em R$6.578,41, ou 4,98 vezes o valor vigente na época.

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