Fora da presidência da Bolívia desde novembro do ano passado, quando renunciou após denúncias de fraudes nas eleições, Evo Morales foi indicado ao Nobel da
Redação Publicado em 03/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 17h34
Fora da presidência da Bolívia desde novembro do ano passado, quando renunciou após denúncias de fraudes nas eleições, Evo Morales foi indicado ao Nobel da Paz por Adolfo Pérez Esquivel , vencedor do prêmio em 2020. No ano passado, a indicação de Esquivel foi o ex-presidente Lula , com direito a abaixo assinado e carta ao comitê organizador.
Ativista de direitos humano, Esquivel fez o anúncio nesta terça-feira, com um texto em seu site oficial. Ao justificar a escolha, o argentino diz que Evo Morales liderou um “modelo de país com igualdade, justiça social e soberania”, e que isso precisa ser “reconhecido internacionalmente”. O comunicado também cita Lula .
“Em 1980, recebi o Prêmio Nobel da Paz por nossa luta contra as ditaduras latino-americanas, articuladas entre si pela Operação Condor, comandada pelos Estados Unidos. Assim como no caso de Lula , primeiro presidente trabalhista da América, quem indiquei ao Prêmio Nobel em 2019, Evo também é um símbolo de resistência contra a nova Operação Condor, que hoje realizar golpes militares, midiáticos e judiciais, para banir partidos e candidatos que alcançam alta intenção de voto por programar políticas em favor do povo”, escreveu o argentino.
Evo Morales venceu as eleições de outubro do ano passado na Bolívia, mas o resultado foi anulado porque um relatório feito pela Organização dos Estados Americanos (OEA) encontrou indícios de fraude.
Evo chegou a anunciar novas eleições, mas já tinha perdido muitos aliados. Além disso, as manifestações estavam cada vez mais intensas nas ruas do país. Pressionado pelas Forças Armadas e pela Polícia, ele concordou em renunciar no dia 10 de novembro, mas afirmou ser vítima de um golpe. Desde então, o ex-presidente está refugiado na Argentina. A Bolívia está sob o comando interino de Jeanine Áñez e terá novas eleições em maio.
“A democracia está em risco em nossa região e não podemos ficar em silêncio. Não vamos permitir a ditadura cívico-militar boliviana, com seu ódio racial, nem a ação golpista da OEA, nas mãos de Luis Almagro (Secretário Geral da OEA). Queremos eleições livres e transparentes na Bolívia, o fim do exílio forçado de Evo Morales, e o reconhecimento internacional a esse povo plurinacional por seu exitoso modelo social de paz e não-violência”, argumentou Esquivel.
Proibido de concorrer à Presidência nas novas eleições, marcadas para o dia 3 de maio, Evo Morales tentou lançar candidatura ao Senado, mas o pedido foi rejeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Adolfo Pérez Esquivel é fundador do Serviço Paz e Justiça na América Latina (SERPAJ-AL), criado na década de 1970, quando ditaduras predominavam nos países latino-americanos. A sua atuação por meio da organização, que defende os direitos humanos e prega a não-violência, rendeu a ele o Novel da Paz de 1980.
O argentino faz as indicações ao prêmio na condição de vencedor, mas a permissão para nomeações é bastante abrangente. Presidentes, ministros, professores de universidades, reitores e diretores, entre outros, têm direito a indicar nomes.
iG
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