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Putin rejeita alegação de Johnson de que uma mulher não teria invadido Ucrânia

Imagem Putin rejeita alegação de Johnson de que uma mulher não teria invadido Ucrânia

Redação Publicado em 01/07/2022, às 00h00 - Atualizado às 08h09


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, rejeitou nesta quinta-feira a acusação do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, de que, se fosse mulher, não teria invadido a Ucrânia.

Falando em uma entrevista coletiva nas primeiras horas da quinta-feira durante uma visita ao Turcomenistão, Putin apontou a decisão da ex-líder britânica Margaret Thatcher de enviar tropas para as Malvinas como uma refutação da teoria de Johnson.

Johnson classificou na quarta-feira a decisão de Putin de lançar o que Moscou chama de “operação militar especial” contra a Ucrânia de “exemplo perfeito de masculinidade tóxica” e zombou da postura de macho de Putin.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, apertam as mãos em Kiev. — Foto: REUTERS
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, apertam as mãos em Kiev. — Foto: REUTERS

Em resposta, Putin disse a repórteres: “Só quero relembrar os acontecimentos da história recente, quando Margaret Thatcher decidiu lançar operações militares contra a Argentina para as Ilhas Malvinas. Então, uma mulher tomou a decisão de lançar uma ação militar.”

“Portanto, não é uma referência totalmente precisa do primeiro-ministro britânico ao que está acontecendo hoje.”

O líder russo criticou a decisão britânica, há 40 anos, de responder militarmente à tentativa da Argentina de tomar as ilhas pouco povoadas administradas pelos britânicos no Atlântico Sul.

“Onde estão as Ilhas Malvinas e onde está o Reino Unido?” perguntou Putin. “As ações de Thatcher foram ditadas por nada menos que ambições imperiais e (um desejo de) confirmar seu status imperial.”

Vladimir Putin durante conversa com jovens empresários em Moscou, em 9 de junho de 2022 — Foto: Mikhail Metzel/Kremlin/Via Reuters
Vladimir Putin durante conversa com jovens empresários em Moscou, em 9 de junho de 2022 — Foto: Mikhail Metzel/Kremlin/Via Reuters

Moscou repetidamente critica as intervenções militares ocidentais em países da ex-Iugoslávia, Afeganistão e Iraque como exemplos de imperialismo e hipocrisia ocidentais.

Mas durante seu governo de duas décadas, o próprio Putin enfrentou várias acusações de imperialismo, querendo expandir à força as fronteiras russas e a influência da Rússia em todo o antigo espaço soviético.

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