A viúva do engenheiro Paulo Cesar Oliveira, de 40 anos, Juliana Oliveira, acompanha de perto o julgamento do lutador de jiu-jitsu Rafael Martineli de Queiroz,
Redação Publicado em 27/04/2017, às 00h00 - Atualizado às 12h41
A viúva do engenheiro Paulo Cesar Oliveira, de 40 anos, Juliana Oliveira, acompanha de perto o julgamento do lutador de jiu-jitsu Rafael Martineli de Queiroz, acusado de matar o marido dela , em 2015, e afirma. “Queremos justiça porque ele tirou dos meus filhos o direito de ter um pai”.
O júri popular é realizado nesta quinta-feira (27), em Campo Grande. O réu está preso e participa da sessão. “Hoje será uma nova etapa das nossas vidas, porque depois do que aconteceu a gente não conseguiu viver mais”, resume Juliana.
O engenheiro foi agredido a cadeirada no dia 18 de abril de 2015, no hotel em que ele e o acusado estevam hospedados. Ele é de Batatais (SP) e estava na capital sul-mato-grossense a trabalho. “Ele estava aqui trabalhando para garantir uma vida melhor para nossa família”, afirma Juliana.
O lutador é de Valparaíso (SP), era hóspede em quarto vizinho ao da vítima e estava em Campo Grande para participar de uma competição. Rafael e Paulo Cesar não se conheciam. Momentos antes do crime, ele foi filmado no ginásio onde as lutas aconteciam, aparentemente desnorteado.
Paulo Cesar faria aniversário próximo à data do homicídio. ” A gente estava esperando ele, para comemorar o aniversário dele no outro dia recebemos aquela notícia. Os pais dele estão arrasados, porque ele era um filho maravilhoso”.
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), o acusado golpeou o engenheiro com uma cadeira e continuou agredindo a vítima até a morte, após uma briga com a namorada. Na ocasião, ele pesava cerca de 140 kg e tem quase 2 metros de altura, conforme a polícia. Segundo a polícia, o engenheiro foi morto “de graça”.
A namorada de Rafael à época, Carla Dias, é testemunha de defesa. Ela diz que antes do crime ele estava “incontrolável”. A defesa diz que o comportamento agressivo do lutador surpreendeu a família e amigos dele e fala em inimputabilidade.
A denúncia do MPE foi oferecida à Justiça no dia 11 de maio de 2016 por homicídio qualificado por meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
A Justiça afastou a qualificadora de motivo torpe, pois até então não havia esclarecimento sobre o motivo que teria levado o acusado a cometer o crime. As qualificadoras de meio cruel e de recurso que dificultou a defesa da vítima foram mantidas.
De acordo com o juiz responsável pelo júri, Carlos Alberto Garce, “o perito concluiu que o acusado é semi-imputável, mas o Ministério Público e a defesa podem questionar o laudo. No final quem vai decidir será o jurado se ele pode responder pelo crime ou se pode ser absolvido. O Conselho de Sentença que dará a última palavra”, finaliza.
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