O secretário estadual da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles, disse hoje (11) que 73% da perda do Produto Interno Bruto (PIB) que o estado
Redação Publicado em 11/05/2020, às 00h00 - Atualizado às 17h19
O secretário estadual da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles, disse hoje (11) que 73% da perda do Produto Interno Bruto (PIB) que o estado vem sofrendo tem sido afetado apenas pela pandemia do novo coronavírus, e não pela decretação de quarentena. Já o restante, 27% da perda do PIB, tem sido prejudicado conjuntamente pela pandemia e também pela decretação da quarentena no estado.
“Podemos verificar que 27% da perda do PIB é afetado pela quarentena sim. Mas as avaliações mostram que, mesmo que não tivesse a quarentena, estes setores seriam afetados e estão afetados pela pandemia. Por exemplo, diversos setores que não estão afetados pela quarentena, estão sim sofrendo grande queda de atividade. Isso é prova concreta de que 27% de queda do PIB na verdade não se deve apenas ao efeito da pandemia. Tem alguma coisa da quarentena também. Mas a quarentena é apenas uma parte da queda de 27% do PIB”, falou Meirelles. “O PIB cai fundamentalmente pelo efeito da pandemia”, acrescentou.
O estado de São Paulo está em quarentena desde o dia 24 de março e ficará assim até pelo menos o dia 31 de maio. Durante a quarentena, apenas serviços considerados essenciais como abastecimento, saúde, logística e segurança, podem funcionar. Apesar da quarentena, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que 74% da economia do estado continua em funcionamento. Doria também destacou que o problema da economia não é a quarentena. “O inimigo da economia não é a quarentena, é o coronavírus, é a pandemia”, falou.
O governo paulista ainda não tem uma estimativa de quanto será a queda na atividade econômica do estado. Mas, segundo Meirelles, já foi observada, em abril, uma redução na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Em abril deste ano, ela caiu 19% em relação a abril do ano passado.
“Tivemos uma queda pronunciada de cerca de 19% na arrecadação [do ICMS], o que significa que há uma queda da atividade econômica que pode ser próxima desta [redução]. Uma pequena parte disso é o aumento da inadimplência, portanto esse é um dado da maior importância”, ressaltou o secretário. A previsão dele é que a arrecadação do estado nos meses de maio e junho seja ainda menor.
Segundo o governo paulista, 80 atividades continuam em funcionamento no estado durante a quarentena, entre elas, setores como de abastecimento, alimentação (somente por delivery e drive thru), comunicação social, construção civil, hotéis, manutenção e oficinas, petróleo e gás, produção agropecuária, indústria, saúde, segurança privada, serviços domésticos, setor de energia, transporte e logística.
Em entrevista hoje (11), o governador de São Paulo disse que as atividades e serviços considerados não-essenciais, e que estão proibidos de funcionar na quarentena, poderão ter suas atividades retomadas a partir de 31 de maio, caso haja redução sustentada do número de casos de covid-19 por pelo menos 14 dias e se a taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) for inferior a 60% no estado.
EBC
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