O Norte do país ainda não entrou na agenda de cinco dos 11 presidenciáveis que têm tido agendas públicas desde 16 de agosto. A região foi a menos visitada nas
Redação Publicado em 13/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 14h37
O Norte do país ainda não entrou na agenda de cinco dos 11 presidenciáveis que têm tido agendas públicas desde 16 de agosto. A região foi a menos visitada nas quatro primeiras semanas da corrida presidencial, com 12 visitas de candidatos – 4% do total.
Os dados são de um levantamento do G1. Ao todo, a disputa para Presidência tem 13 candidatos. Um deles, o Cabo Daciolo (Patriota), não tem tido agendas. Outro, Fernando Haddad (PT), se tornou candidato apenas na última terça-feira (11), por isso, não foi considerado nesse recorte.
No Norte, até esta quarta-feira (12), nenhum candidato havia passado pelo Amazonas nem por Roraima, estado que vive uma grave crise com a migração venezuelana.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a região concentra quase 8% do eleitorado brasileiro e só fica à frente do Centro-Oeste (7,3%) por uma pequena diferença.
Porém, mesmo sendo a região com menos eleitores, o Centro-Oeste já foi visitado por 10 candidatos e só perde para o Sudeste em quantidade de atos de campanha até esta quarta-feira.
Veja o detalhamento por regiões:
São Paulo segue como o principal destino dos presidenciáveis no país, com 140 visitas ao estado de 16 agosto a 12 de setembro – 45% do total. Além de ser o berço político de três candidatos, o estado abriga 1 em cada 5 pessoas aptas a votar. Também concentra veículos de comunicação e entidades com alcance nacional. Em seguida estão, por número de visitas, RJ, DF, MG e RS.
Segundo analista, viagens de campanha levam em conta fatores como os redutos eleitorais de cada um, os apoios locais e as chances dos aliados que são candidatos ao governo estaduais.
O levantamento feito pela reportagem considera eventos públicos como caminhadas, passeatas, inaugurações de comitês, lançamentos de candidaturas de correligionários e sabatinas realizadas por associações e veículos de imprensa.
Debates, por reunirem um número elevado de candidatos numa mesma cidade num mesmo dia, foram desconsiderados para evitar distorção. Eventos fechados, como gravações de programas de TV ou reuniões com equipes de campanha, também.
A reportagem conta o número de visitas de cada candidato a alguma cidade do país, independentemente do número de atos realizados naquele município naquele dia.
Com base nesse critério, o G1 contou as 308 visitas de presidenciáveis entre 16 de agosto e 12 de setembro: foram 62 na primeira semana, 88 na segunda, 82 na terceira e 76 na quarta semana, de 6 a 12 de setembro. Nessa conta da última semana, entram os eventos de Fernando Haddad (PT), que começou campanha no dia 11.
Em conjunto, os presidenciáveis visitaram 13 estados e o DF entre os dias 6 e 12 de setembro.
Veja abaixo os compromissos de cada candidato (em ordem alfabética) que teve agenda pública na 4ª semana de campanha presidencial.
Jair Bolsonaro, candidato do PSL, está internado desde 6 de setembro, quando levou uma facada durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Já Cabo Daciolo, do Patriota, não tem feito agendas públicas.
O atentado contra Bolsonaro afetou o número de atividades de campanha, já que vários presidenciáveis cancelaram agendas nos dias 6 e 7 de setembro.
Alvaro Dias concentrou suas atividades de campanha no interior de São Paulo e na região Metropolitana. Ele também esteve em Campo Grande, onde fez uma caminhada.
Ciro Gomes, que já foi governador do Ceará, fez carreatas e outros atos no interior do Estado. Ele também esteve em outros locais do Nordeste, onde fez caminhadas e teve encontros com lideranças políticas.
O candidato da Democracia Cristã concedeu entrevistas em São Paulo e esteve em ato político em Santa Catarina.
Alckmin esteve em seis estados na última semana, sobretudo no Sul e Sudeste. Ele concedeu uma série de entrevistas à imprensa, fez comícios e continuou com atos de corpo a corpo.
O candidato do PSOL concentrou suas atividades em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Parte das agenda de Meirelles foi dedicada à concessão de entrevistas à imprensa, mas ele também visitou o Vale do Aço, em Minas Gerais, e participou de um ato político em Aparecida de Goiânia.
A última agenda pública de Bolsonaro ocorreu no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora, onde ele levou uma facada e teve que ser hospitalizado. Até esta quinta-feira (13), o candidato do PSL continuava internado em São Paulo. Não há previsão de alta.
O candidato do PPL visitou feiras de artesanato, fez carreatas e caminhadas.
O primeiro ato de campanha de Haddad foi em Curitiba, onde anunciou a decisão da Executiva do partido de colocá-lo como candidato, no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A candidata da Rede foi a única a visitar o estado da Bahia desde o início da campanha. No estado, ela visitou uma startup, uma unidade da Apae, entre outros atos. Ao longo da semana, ela também esteve na rua 25 de Março, em São Paulo, e visitou projetos sociais, também na cidade.
A candidata do PSTU teve encontros com movimentos sociais e chegou a participar de um ato após o incêndio no Museu Nacional.
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