O ministério da Justiça e Segurança Pública respondeu, em nota, ao pedido de esclarecimento publicado hoje (22) pelo secretário de Segurança Pública do
Redação Publicado em 23/01/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h29
O ministério da Justiça e Segurança Pública respondeu, em nota, ao pedido de esclarecimento publicado hoje (22) pelo secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. O secretário havia questionado o ‘silêncio’ de órgãos federais frente ao risco iminente de um possível ataque organizado de facções criminosas.
“Os criminosos ficam recolhidos dentro dos presídios, não fora. Não há qualquer informação de que a transferência e a manutenção de lideranças de organização criminosa para o presídio federal em Brasília ofereçam riscos à população civil, aos prédios públicos ou às embaixadas. Não há qualquer reclamação da permanência desses presos em Brasília, salvo do próprio Governo do Distrito Federal”, relatou a assessoria de imprensa do ministério.
Segundo Torres, a população brasiliense vive sob o risco de ações criminosas por manter líderes do crime organizado sob custódia na Penitenciária Federal de Brasília. “Estamos próximos a um incidente que extrapola os muros da unidade prisional federal e tem a capacidade de expor a sério risco à vida, à tranquilidade e o patrimônio dos cidadãos que aqui residem”.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, já havia criticado o ministro Moro quando, em março de 2019, o traficante Marcola foi transferido para o DF. O ministro afirmou a época que havia um ‘receio exagerado’ sobre a situação.
A Polícia Civil do Distrito Federal já havia deflagrado uma operação para conter o avanço do crime organizado no início de janeiro. De acordo com a Polícia Civil, pelo menos 30 pessoas integram a célula da facção criminosa no Distrito Federal, mas nem todas foram identificadas. Segundo a polícia, os membros do grupo se dividiam em núcleos específicos de atuação para praticar diversos tipos de crime, como roubo e tráfico de drogas e de armas.
O objetivo principal, contudo, era estabelecer as condições necessárias ao desenvolvimento e consolidação do grupo na capital federal, para onde, no ano passado, integrantes da cúpula do PCC foram transferidos para cumprir pena em presídio federal de segurança máxima.
Inaugurada em outubro de 2018, a Penitenciária Federal de Brasília é uma das cinco unidades de segurança máxima federais destinadas a isolar presos condenados e provisórios sujeitos ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), líderes de organizações criminosas e réus colaboradores presos ou delatores premiados que correm risco de vida no sistema estadual.
ABr
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