Levantamento divulgado nesta sexta-feira (25) pela Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP) aponta que o preço médio do diesel
Redação Publicado em 26/05/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h45
Levantamento divulgado nesta sexta-feira (25) pela Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP) aponta que o preço médio do diesel nas bombas terminou a semana em forte alta. O avanço foi de 5,3%, passando de R$ 3,595 por litro para R$ R$ 3,788.
Bomba com diesel foi trancada com o cadeado após combustível acabar em posto de Roraima, em meio à greve dos caminhoneiros (Foto: Alan Chaves/G1 RR)
Na mesma semana, a Petrobras reduziu o preço do diesel nas refinarias em mais de 10%. O repasse ou não para o preço nas bombas depende dos postos.
Essa redução do valor nas refinarias aconteceu em meio às negociações entre o governo e a categoria dos caminhoneiros, que entrou nesta sexta em seu quinto dia de greve com reivindicações sobre o preço do diesel nas bombas.
O valor representa uma média calculada pela ANP, que verifica os preços em diversos municípios tanto do diesel quanto da gasolina, do etanol e do gás de cozinha. Por preços, portanto, podem variar de acordo com o local.
Nesta semana, a variação ocorre ainda em meio à forte oscilação dos preços dos combustíveis. Durante a greve dos caminhoneiros, alguns postos chegaram a vender o litro da gasolina por quase R$ 10. Enquanto isso, outros estabelecimentos organizaram o “dia sem imposto” na quinta-feira (24) e chegaram a vender o produto por menos de R$ 3.
Em cerca de 2 meses até a segunda-feira (21), o início dos protestos, a Petrobras havia subido mais de 47% o preço do combustível nas refinarias, seguindo sua política de preços que reajusta os valores quase diariamente com o objetivo de acompanhar as cotações internacionais.
O avanço aconteceu em meio a um movimento de disparada do dólar e dos preços do petróleo no mercado externo. No mesmo intervalo, a moeda dos Estados Unidos subiu 14% sobre o real, de R$ 3,2783 para R$ 3,7409. Já o preço do barril de petróleo subiu 19%, passando de US$ 65,49 para US$ 78,09, segundo dados da Tendências Consultoria. O valor se refere ao petróleo do tipo Brent, usado como referência internacional.
Mas, nos postos, o preço do diesel subiu menos no mesmo período. De acordo com os dados da ANP, em cerca de 2 meses o valor médio do combustível nas bombas subiu 6,2% – variação que, apesar de menor que a dos preços nas refiarias, ficou acima da inflação para o período.
Postos têm fila na manhã desta sexta em Manaus (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
A ANP também divulgou nesta sexta a variação do preço médio da gasolina nas bombas. Nesta semana, houve aumento de 3,52%, com o valor passando de R$ 4,284 por litro para R$ 4,435 em média. Foi o maior aumento semanal dos preços da gasolina desde julho de 2017, quando o governo anunciou o aumento dos impostos sobre os combustíveis.
Já nas refinarias, o preço da gasolina caiu 2,5% na mesma semana, com a Petrobras dando continuidade à sua política de preços que reajusta o valor quase diariamente. O recuo acompanhou a queda dos preços internacionais do petróleo e do dólar.
A proposta do governo e da Petrobras feita nesta semana de congelar os preços por 30 dias, em resposta aos protestos dos caminhoneiros, inclui somente o valor do diesel nas refinarias, não atingindo portando o da gasolina.
A semana foi marcada por movimento intenso nos postos de combustíveis pelo país, com casos de falta dos produtos nas bombas por causa da greve dos caminhoneiros e forte flutuação de preços. A situação gerou filas em postos em várias cidades pelo Brasil.
19h: Mapa de estados onde há relatos de postos sem combustível (Foto: Alexandre Mauro e Igos Estrella/G1)
Os dados da ANP mostram ainda que, após recuar por seis semanas consecutivas, os preços do etanol voltaram a subir nesta semana. De acordo com a ANP, o valor médio por litro subiu 1,22%, de R$ 2,784 para R$ 2,818.
Já o preço do botição de gás ficou quase estável na semana, passando de R$ 66,97 para R$ 67,02 – uma leve alta de 0,07%.
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