O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou as previsões macroeconômicas para 2020 e apontou queda esperada de 6% no Produto Interno Bruto
Redação Publicado em 09/06/2020, às 00h00 - Atualizado às 13h19
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou as previsões macroeconômicas para 2020 e apontou queda esperada de 6% no Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e alta de 3,6% para 2021.
Em março, ele havia estimado recuo de 1,8% este ano e crescimento de 3,1% para o ano que vem. Segundo o Ipea, os dados foram revistos diante do avanço da pandemia da covid-19 e de seus impactos na economia brasileira, especialmente, no segundo trimestre deste ano.
O estudo divulgado hoje (9), no Rio de Janeiro, destacou o início de uma gradual flexibilização das restrições à mobilidade e ao funcionamento das atividades econômicas a partir de junho.
Considerando o cenário, projeta-se queda de 10,5% no segundo trimestre. Só na indústria, a retração deve ser de 13,8%, nos serviços, 10,1%, e, no consumo das famílias, 11,2%. Para o terceiro e no quarto trimestres, a previsão é de recuperação da atividade econômica.
Segundo o Ipea, o mês de abril foi considerado o fundo do poço, mas em maio surgiram sinais de recuperação da economia, uma avaliação, que conforme o instituto, pode ser confirmada pelos indicadores econômicos.
Um deles é o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), que avançou 5,9% em maio. O nível de utilização de capacidade instalada do setor passou de 57,3% em abril para 60,3% em maio.
Os dados de consumo de energia industrial mostram alta em diversos segmentos, como veículos automotores (60,9%), papel e celulose (26,9%), metalurgia (17,9%) e produtos de metal (13,3%).
No varejo, depois do retração de 30,5% em abril, o Índice de Confiança do Comércio subiu 10,1% em maio. As vendas no setor automotivo cresceram 7,7% em maio.
O instituto observou, ainda, que as medidas de isolamento social, adotadas no país a partir de março dentro do combate à epidemia do novo coronavírus, interromperam uma série de atividades produtivas. O Ipea pondera, no entanto, que a flexibilização das medidas e as políticas de preservação de emprego, renda e produção adotadas, devem permitir a gradual recuperação da economia ao longo dos próximos meses.
Nesse aspecto, se o cenário for confirmado, os serviços podem recuar 5,8% em 2020, mas crescer 3,7% em 2021. Para a indústria, enquanto este ano há a expectativa de queda de 7,3%, para 2021 a estimativa é de alta de 4%. Já a agropecuária tem avaliações melhores.
O setor continua como destaque positivo. A revisão da equipe de conjuntura do instituto apontou para 2% de crescimento do PIB do setor agropecuário em 2020, causada pela alta de 3% no PIB da lavoura.
“A alta do setor deve contribuir também para atenuar a queda da indústria por meio de seu impacto sobre a produção de alimentos, segmento com maior peso na indústria de transformação brasileira”, informou.
Pelo lado da demanda, os investimentos devem ser o componente mais afetado, com queda de 9,7% em 2020, mas também com crescimento mais elevado em 2020: 6,8%. As importações, influenciadas pela desvalorização cambial e pela redução do nível de atividade, devem recuar 6,5% este ano e as exportações, 6,4%.
O diretor adjunto de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, Marco Antônio Cavalcanti, disse que, do ponto de vista da renda das famílias, o valor das transferências do programa de auxílio emergencial às pessoas em situação de vulnerabilidade – R$ 76,9 bilhões até o final de maio – deve ter produzido um efeito importante sobre a demanda, especialmente, de produtos de primeira necessidade.
Como comparação, o Ipea lembrou que, no trimestre encerrado em fevereiro, antes do agravamento da crise, a massa de rendimentos do trabalho principal recebida mensalmente por pessoas ocupadas no setor informal – empregados no setor privado sem carteira, empregadores sem Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e trabalhadores por conta própria sem CNPJ – era R$ 49,7 bilhões.
Apesar disso, o instituto estimou que o consumo das famílias tende a ser afetado pelo impacto negativo da crise sobre o mercado de trabalho e pelo aumento da incerteza, com retração de 6,9% em 2020, mas aumento de 3,8% no ano que vem.
Agência Brasil
Leia também
VÍDEO: Maíra Cardi ignora comentários e fala sobre "chupar rola" na frente da filha
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!
BOMBA! Andressa Urach revela se já fez sexo com o próprio filho
Caso Kate a Luz: outra jovem brasileira denuncia a coach pelos mesmos crimes
VÍDEO: pastor é flagrado fazendo sexo com menor de idade nos fundos de igreja
Membro do partido Democrata pede que Biden abandone sua candidatura
Manifestantes barram passagem de Bolsonaro em Rodovia no Pará
Haddad afirma que alterar IOF para conter o dólar não é uma possibilidade
Governo busca proibir Meta de usar dados de usuários para treinar IA
Em meio a ressaca de vitórias, Corinthians busca novo reforço para a equipe