‘Internet não é lugar de terapia’, diz Angélica sobre celebridades que se expõem demais nas redes

A lista de ramais telefônicos que conectam os cômodos da casa onde a apresentadora Angélica mora com o marido, Luciano Huck, e os filhos, Joaquim, Benício e Eva, é tão extensa que lembra as de canais de TV em quartos de hotel. Mas Angélica — esvoaçante em um vestido branco comprado “numa lojinha fofa da mulher do Donavon Frankenreiter, em Hanalei, no Havaí” — não tem nada de impessoal. Quebra, em minutos, a formalidade do ambiente, enquanto procura o melhor ângulo para a foto e as palavras certas para traduzir o momento “privilegiado” que está vivendo.

Longe da TV desde abril — quando o programa “Estrelas”, que apresentou por 12 anos, chegou ao fim —, Angélica tem se dedicado aos filhos, a si mesma e, sobretudo, à busca de um legado. “Como posso usar o fato de ser uma pessoa pública para ajudar outras mulheres?”, questionou-se, em entrevista à coluna.

Durante a conversa de uma hora, regada a bijus de tapioca, batatinha chips, cafés e muito bom humor, a apresentadora falou sobre a corrida presidencial nas redes sociais (“Você nunca vai me ver fazendo campanha na internet”) e dentro de casa (“Ser presidente é um projeto de vida muito dele [Luciano], não meu”).

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Também confessou achar exagerada a exposição de algumas celebridades nas redes sociais (“Não podemos sair falando tudo na internet. Não é lugar de terapia. As pessoas que te seguem não são suas amigas”) e contou que faz análise há mais de 20 anos. Falou ainda o desejo de trabalhar o feminismo na TV e na vida pessoal, da relação com os filhos e do primeiro beijo do casal, em Fernando de Noronha.