Abrir os olhos e acordar "tetraplégico" da noite para o dia mudou a vida do biólogo Nelson Rodrigues da Silva, na manhã de 2 de outubro de 2016. Na
Redação Publicado em 25/07/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h29
Abrir os olhos e acordar “tetraplégico” da noite para o dia mudou a vida do biólogo Nelson Rodrigues da Silva, na manhã de 2 de outubro de 2016. Na época, eram os primeiros sintomas de Guillain-Barréque se manifestavam no corpo do morador de Sorocaba (SP), curado após 14 meses sem andar.
A rotina voltou a ser aquela que imaginava ter outra vez quando observava a movimentação nas ruas pela janela do hospital. Quando o biólogo deu entrada na UTI, ele estava com 73 quilos. Saiu com 42 e se locomovendo com a ajuda de uma cadeira de rodas.
Durante o tratamento, que ainda é realizado, o paulista, de 39 anos, dependia de outras pessoas para beber água ou até mesmo ir ao banheiro. Foram dias intensos com sessões de fisioterapia e atenção diária sob os cuidados de um enfermeiro.
Biólogo de Sorocaba agora consegue caminhar com ajuda de andador (Foto: Carlos Dias/G1)
“Minha mãe se emociona a cada passo. Meus irmãos e meu pai também. Agora que estou revendo as pessoas, vou ao cinema e até saio tomar açaí”, diz.
Após uma intensa recuperação, o peso corporal voltou a ser o mesmo com visitas diárias à academia.
“Eu estava psicologicamente abalado e foi incrível quando cheguei em casa e comecei a engordar. O tratamento é totalmente com estímulo, comecei com um quilo na academia e agora já estou levantando quatro”, comemora.
A doença surgiu durante os trabalhos de coleta de informações para o doutorado, em Maceió (AL). A síndrome interrompeu, naquele o momento, o sonho do diploma, que está sendo retomado aos poucos.
“Vou terminar o que comecei quando estiver 100%. Vou ser doutor, é isso que eu quero”, afirma o biólogo, que também acumula na carreira picadas de cobra e uma dengue superadas.
Biólogo de Sorocaba trabalhava em doutorado em Maceió (Foto: Arquivo pessoal)
Nos dias em que os primeiros sintomas surgiram, Nelson foi ao médico e chegou a apresentar melhora. Ele aproveitou a oportunidade para voltar a Sorocaba e, ainda no aeroporto, se deparou com as pernas travadas.
“Eu estava sozinho e achei estranha aquela dor, achava que era nervo ciático. Cheguei em casa e nem me preocupei muito.”
De forma silenciosa, a doença começou a afetar os membros inferiores durante a madrugada. “Eu já acordei com as duas pernas paralisadas. Mais tarde, no mesmo dia, eu estava tetraplégico”, relata.
A família logo procurou ajuda médica quando o corpo de Nelson já não correspondia aos comandos. Debilitado, mas podendo se comunicar, ele foi até uma clínica particular sem saber o que tinha. O médico fez três perguntas e alertou: “você está com a síndrome de Guillain-Barré”.
Ele foi internado e passou 31 dias no hospital, sendo cinco na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
“Foi tudo muito conturbado e espero um dia ajudar as pessoas com o que eu passei, com a minha experiência. Ainda não sei como, mas vou”, finaliza.
Biólogo precisou de cuidador para tarefas simples do dia a dia (Foto: Camila Forti/G1)
A Vigilância Epidemiológica de Sorocaba explica que a Síndrome de Guillain-Barré não é uma doença de notificação compulsória.
No entanto, devido à possível relação com a infecção do vírus da zika e outras arboviroses, existe desde 2016 a orientação de investigação para estes agentes em todos os casos com diagnóstico confirmado.
Até o momento, não existe estatística brasileira sobre a ocorrência de casos da síndrome, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.
Nelson precisou de cadeira de rodas após apresentar melhora durante o tratamento (Foto: Camila Forti/G1)
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