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Logo que se chega à casa nova de Gabriela Pugliesi e seu marido, Erasmo Viana, dá pra sentir o clima “maravida”, expressão que o casal costuma citar em suas redes sociais. “A gente queria ir para um espaço maior principalmente por causa dos cachorros, porque aquela casa foi ficando pequena e também porque a gente pensa em ter filhos”, conta Gabi, em entrevista exclusiva à Casa Vogue. Depois da experiência com a antiga casa de vila, o casal decidiu não abrir mão dos bairros tranquilos de São Paulo. “A gente queria um lugar sem muito movimento. E não demorou muito não, a gente ficou uns três meses procurando”, ela explica. “Eu gostei da energia daqui logo que eu entrei!”, lembra.
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A casa de 350 m², apesar de ser alugada, permitiu muita reforma para deixar tudo exatamente como eles gostariam. Quem vê a amplitude do living iluminado e com decoração em tons pastel não diz que meses antes o imóvel era cheio de divisórias e bem escuro. “A casa é antiga e, apesar de estar em boas condições, seus espaços eram pouco integrados e havia pouca luminosidade no ambiente interno”, explica a arquiteta Stephanie Woff do WF Arquitetos, escritório responsável pela obra. “A gente mudou muita coisa, desde fachada e portão. Quebramos a casa inteira. Mas as meninas foram muito rápidas, por volta de cinco meses estava tudo pronto”, Pugliesi conta.
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Esse é o terceiro projeto com o escritório. Por isso, elas contam que foi fácil chegar em um consenso – o que também agilizou a entrega. “Eu gosto muito delas, a gente se entende”, a moradora lembra. Como Gabi prefere tudo bem conectado, a planta foi modificada, paredes derrubadas, cozinha ampliada e muitas aberturas para luz natural foram criadas. “Abrimos uma grande porta no local onde antes era uma janela, conectando-a com o jardim. Além disso, havia na sala de estar uma parede que a dividia em duas partes. Ela foi demolida e assim, o ambiente foi amplicado. Eles desejavam espaço maior para receber”, explica Beatriz Fujinaka, arquiteta também do WF Arquitetos.
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Para enfatizar a sensação de conexão entre os ambientes, elas usaram o mesmo piso no andar inferior inteiro, um porcelanato cinza. Com móveis alongados e feitos sob medida – até mesmo o sofá -, o living traz a sensação de continuidade desde a porta de entrada, com um banco de concreto charmosíssimo, que se estende até o espaço gourmet e então se junta à sala por meio de uma porta de vidro. “Eu gosto de decoração bem minimalista. Amo casa clara, com luz e com bastante verde, então a gente escolheu essas cores: muito branco, cinza claro e rosinha. E bastante planta também, porque eu acho que traz vida e energia”, Pugliesi explica.
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Ao chegar na área gourmet isso fica ainda mais evidente. Com um jardim vertical de aproximadamente 40 m² e espécies de diferentes tonalidades, tamanhos, texturas e formatos de folhas, o jardim se destaca no ambiente. “A ideia era criar uma florestinha vertical, nada muito certo, um contraponto com a arquitetura de interiores que é bem clean”, explica a paisagista Rafaela Novaes, responsável pelo projeto. “Pra mim, esse é o paisagismo que abraça e invade a arquitetura”, ela completa. Para Gabi, ter a natureza em casa é essencial. “Eu sou alucinada por planta, por verde. Acho que traz vida, deixa a gente muito mais feliz. E ele não me dá trabalho nenhum, porque o jardim já tem um processo de irrigação”.
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É nessa parte externa também que o casal costuma receber amigos e familiares e, para deixar o ambiente ainda mais receptivo, optaram por trocar a tradicional churrasqueira por uma chapa, que dá para cozinhar de tudo. O conjunto de mesa e cadeiras de madeira de reflorestamento trazem tom rústico na medida certa. “Eu e o Erasmo gostamos muito de ficar em casa, a gente ama ficar com nossos cachorros e de receber. Então a gente pensou muito nisso, em ter uma área legal ali fora”, ela conta.
Adepta ao Feng Shui, Gabriela conta com a consultoria de Kátia Gonzales, que mede a energia, os elementos e as cores de cada ambiente do lar. “Eu gosto e acredito muito! E mesmo depois que a casa estava pronta, eu precisava mudar algumas coisas por conta do Feng Shui”, explica. E foi juntando o útil ao agradável que para completar o clima da área externa uma das paredes recebeu arte feita por Rafael Highraff. Ali, eles aproveitaram para reunir alguns elementos e cores que precisavam para compor a harmonia da casa. “Eu acho que a energia flui muito diferente depois. A gente passa a ter um amor muito maior pela casa”, ela explica.
Segundo as arquitetas, a área da cozinha era pequena para Gabi, que curte colocar a mão na massa. “Aproveitamos a antiga lavanderia e a incorporamos para deixar o ambiente maior. A lavanderia agora fica na área externa”, conta Stephanie. Com armários planejados em tons claros em todas as paredes, o espaço ganhou ainda uma grande ilha central que serve tanto para refeições, como para preparos.
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No andar de cima, mais mudanças na estrutura da casa. Inicialmente com quatro dormitórios, dois deles tornaram-se um quarto amplo e com closet para lá de generoso. “Eles queriam uma suíte e banheiros grandes, além de closet bem espaçoso – eles têm muitas roupas!”, Beatriz lembra. E, como não poderia ser diferente, a iluminação também era parte principal dos pedidos. A solução encontrada pelas meninas do WF Arquitetos foi juntar, além de dois dormitórios, a área de um outro banheiro que foi incorporado. “O nosso quarto é tipo: só uma cama muito grande, mais baixa do que as tradicionais – e eu gosto muito disso porque dá uma sensação boa”.
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Outra demanda importante era para o terraço da suíte máster. Como ele dá para a rua, eles queriam algum tipo de fechamento por conta da segurança e privacidade. Para resolver, o ambiente recebeu paisagismo e painéis de chapa perfurada. “Tem uma varanda muito gostosa no nosso quarto, onde a gente colocou uma cadeira de balanço que a gente usa bastante para meditar”, ela conta.
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Com o projeto finalizado em (apenas) cinco meses, o casal não sabia como ocupar a edícula que havia na casa e a solução pareceu a mais natural possível: construir uma academia. “A gente não sabia como usar o espaço, aí resolvemos fazer uma academia bem funcional. Ficou pronta agora em outubro e tem tudo o que a gente precisa”, ela conta.
Quando questionada sobre seu objeto de decoração preferido – tanto entre os novos, quanto os que vieram da antiga casa – Gabi não nega seu “mood maravida” de ser: “É a jabuticabeira, não sei se conta como objeto de decoração! (risos)”. E a gente encontra com o xodó dela sempre ao chegar e sair, já que fica bem na entrada da casa. “Eu tinha outra [jabuticabeira] na antiga casa, mas ela não dava tantas frutas porque não entrava muita luz. Agora, essa aqui… ela é a alegria da vida! E a gente tem todo esse ritual de regar todo dia”. Para as arquitetas, o projeto espelha a alma dos moradores: frescor, fluidez e despojamento. E nós não poderíamos concordar mais!