O dólar mudou de rumo e passou a subir nesta quinta-feira (13), voltando a rondar nova máxima histórica, com os investidores monitorando a cena eleitoral
Redação Publicado em 13/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 12h06
O dólar mudou de rumo e passou a subir nesta quinta-feira (13), voltando a rondar nova máxima histórica, com os investidores monitorando a cena eleitoral local e o movimento do câmbio dos demais países emergentes, após a Turquia aumentar os juros, tirando a pressão sobre a moeda do país.
Às 11h24, a moeda norte-americana subia 0,38%, negociada a R$ 4,1642 na venda. Mais cedo, chegou a recuar a R$ 4,12, e na máxima do dia até o momento chegou a R$ 4,1746. Veja mais cotações.
Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,12%, a R$ 4,1491 na venda. Na terça-feira, a moeda encerrou a sessão a R$ 4,1539, renovando o maior valor do ano. No acumulado do ano, a alta é de cerca de 25%.
O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão leilão de até 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de outubro, no total de US$ 9,801 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
A maior cotação de fechamento do dólar já registrada foi em 21 de janeiro de 2016, quando a moeda chegou a R$ 4,163 . Já no intradia, a máxima histórica foi registrada em 24 de setembro de 2015 (R$ 4,2484).
Na cena externa, a busca pelo risco retornou após a China anunciar que recebeu bem o convite dos Estados Unidos para realizar uma nova rodada de discussões comerciais, no momento em que Washington se prepara para intensificar a guerra comercial entre os dois países com tarifas sobre US$ 200 bilhões em bens chineses.
Além disso, o avanço menor do que o esperado da inflação do consumidor nos Estados Unidos fazia o dólar cair ante uma cesta de moedas, com o mercado respirando aliviado sobre os próximos passos da política monetária da maior economia do mundo.
“Se o núcleo da inflação não melhorar significativamente no próximo ano, isso resultaria em ritmo ainda mais gradual de elevação das taxas”, comentou o analista da gestora CIBC Andrew Grantham, em nota. Juros elevados nos Estados Unidos têm potencial de atrair recursos aplicados em outras praças financeiras, como a brasileira.
Apesar do melhor humor no exterior, o mercado de câmbio local mantinha-se cauteloso nesta sessão por conta da cena eleitoral no Brasil. O destaque do dia é a nova cirurgia do candidato à Presidência da República do PSL, Jair Bolsonaro.
A recente disparada do dólar, que voltou a romper a barreira dos R$ 4 após 2 anos e meio, acontece em meio às incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.
Investidores têm comprado dólares em resposta a pesquisas que mostram intenção de voto mais baixa para candidatos considerados mais pró-mercado. Na avaliação do mercado, os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto são menos comprometidos com determinados modelos de reformas econômicas considerados fundamentais para o ajuste das contas públicas.
Outro fator que pressiona o câmbio é a elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes. O mercado tem monitorado ainda a guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais e a crise em países como Argentina e Turquia.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 ficou estável em R$ 3,80, segundo último boletim Focus do Banco Central. Para o fechamento de 2019, permaneceu inalterada em R$ 3,70 por dólar.
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