De acordo com a Reuters, o recuo do dólar ante o real já durante a corrida pelo segundo turno das eleições foi em decorrência da precificação da presença do
Redação Publicado em 29/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h25
O dólar opera em forte queda nesta segunda-feira (29), após Jair Bolsonaro (PSL) ser eleito presidente do Brasil e o futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes, dizer que a prioridade será a reforma da previdência. A moeda abriu sendo negociada a R$ 3,58.
Às 9h22, a moeda norte-americana caía 1,07%, vendida a R$ 3,6128.
Desde maio, a moeda não era negociada abaixo de R$ 3,60 – no dia 10 daquele mês, o dólar fechou em R$ 3,5461.
Na última sessão, na sexta-feira (26), a moeda dos EUA caiu 1,39%, vendida a R$ 3,6518 – menor patamar desde 24 de maio (R$ 3,6471).
Na semana passada, o dólar acumulou queda de 1,64%. No mês de outubro, recuava 9,56% até dia 26. No ano, a moeda acumula alta de 10,21%.
De acordo com a Reuters, o recuo do dólar ante o real já durante a corrida pelo segundo turno das eleições foi em decorrência da precificação da presença do liberal Paulo Guedes na equipe de Bolsonaro como ministro da Fazenda, responsável por implementar medidas caras ao mercado, como ajuste fiscal, privatizações e reforma da Previdência. Mas esse otimismo entre os investidores só vai se manter se a agenda reformista andar.
“O mercado confia no Paulo Guedes, há a crença de que ele pode atrair investimentos grandes e duradouros para o país, o que significa que pode entrar bastante dinheiro no Brasil e o dólar vai ficar mais barato”, avaliou à Reuters o diretor de operações da Mirae Asset, Pablo Spyer.
Desta forma, entre os profissionais do mercado, segundo a Reuters, a moeda entre R$ 3,60 e R$ 3,70 seria um bom intervalo de preços para esse cenário principal imediato, com potencial adicional de queda com novidades que agradem o mercado, como a confirmação de que Ilan Goldfajn pode permanecer na presidência do Banco Central, cargo que ocupa desde junho de 2016.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 recuou de R$ 3,75 para R$ 3,71 por dólar, segundo previsão de economistas de instituições financeiras divulgada pelo boletim de mercado, também conhecido como relatório “Focus”. Para o fechamento de 2019, permaneceu estável em R$ 3,80 por dólar.
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