A Dívida Pública Federal (DPF) chegou a R$ 4,120 trilhões em outubro. O indicador, que inclui o endividamento interno e externo, retraiu 0,84% em termos
Redação Publicado em 26/11/2019, às 00h00 - Atualizado às 12h40
A Dívida Pública Federal (DPF) chegou a R$ 4,120 trilhões em outubro. O indicador, que inclui o endividamento interno e externo, retraiu 0,84% em termos nominais em relação a setembro. Os dados foram divulgados hoje (26) pelo Tesouro Nacional, em Brasília.
Segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública, divulgado em janeiro pelo Tesouro, a tendência é que a DPF encerre o ano entre R$ 4,1 trilhões e R$ 4,3 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi) (em títulos), em circulação no mercado nacional, caiu 0,68%, passando de R$ 3,993 trilhões para R$ 3,966 trilhões. No mês passado, houve mais resgates do que emissões, com saldo de R$ 51,57 bilhões, o que explica a redução da dívida. Por outro lado, houve apropriação de juros no total de R$ 24,41 bilhões.
A apropriação de juros representa o reconhecimento gradual das taxas que corrigem os juros da dívida pública. As taxas são incorporadas mês a mês ao estoque da dívida, conforme o indexador de cada papel.
A Dívida Pública Externa recuou em 4,79%, encerrando outubro em R$ 154,71 bilhões.
Por meio da dívida pública, o governo pega emprestado dos investidores recursos para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver o dinheiro com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.
A participação dos papéis corrigidos pela Selic passou de 38,36% em setembro para 39,38% em outubro. A fatia dos títulos prefixados (com taxas definidas no momento da emissão) caiu de 31,75% para 30,42%.
A participação dos títulos vinculados à inflação subiu de 25,78% para 26,27%. A parcela do câmbio, que inclui a dívida pública externa, caiu de 4,11% para 3,93%.
O coordenador de Operações da Dívida Pública, Roberto Lobarinhas, afirmou que o impacto da alta do dólar na administração da dívida é “muito pouco relevante”.
“Toda a gestão de dívida é realizada de forma a minimizar quaisquer vulnerabilidades ou riscos. O impacto dessa elevação de dólar é muito pouco relevante”, afirmou.
Acrescentou que “não há no radar” qualquer intenção de o Tesouro Nacional fazer atuação extraordinária conjunta com o Banco Central por conta da alta recente do dólar.
Por Agência Brasil
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