O Tesouro Nacional informou nesta quarta-feira (26) que as contas do governo registraram déficit primário de R$ 19,733 bilhões em agosto. Isso quer dizer que
Redação Publicado em 26/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 16h49
O Tesouro Nacional informou nesta quarta-feira (26) que as contas do governo registraram déficit primário de R$ 19,733 bilhões em agosto. Isso quer dizer que as despesas superaram as receitas neste valor.
De acordo com o Tesouro, o rombo fiscal registrou aumento de 95,2% na comparação com agosto do ano passado, quando foi registrado em R$ 10,111 bilhões.
O resultado negativo divulgado nesta quarta-feira é o segundo maior para meses de agosto, atrás somente de 2016 (-R$ 20,302 bilhões). A série histórica do Tesouro Nacional começou em 1997.
Ao analisar o resultado, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou que as transferências a estados e municípios cresceram de R$ 18,1 bilhões para R$ 22,4 bilhões. Além disso, explicou Mansueto, as despesas também aumentaram.
No acumulado do ano, ainda de acordo com o Tesouro, as contas do governo registraram déficit primário de R$ 58,557 bilhões.
Com isso, o rombo fiscal recuou 32,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi registrado em R$ 86,744 bilhões.
Apesar de deficitário, o desempenho das contas públicas neste período pode ajudar o governo no cumprimento da meta fiscal para este ano, ou seja, do resultado fixado para as contas públicas.
Para 2018, o governo está autorizado a registrar déficit de até R$ 159 bilhões. Esse valor também não inclui os gastos com juros da dívida.
Em 2016, o governo enviou ao Congresso uma proposta de reforma da Previdência. O texto foi aprovado por uma comissão especial da Câmara, em maio de 2017, mas não avançou deste então.
O Tesouro também divulgou os seguintes resultados:
Segundo o governo, as receitas com concessões tiveram alta de 114% no acumulado de janeiro a agosto, para R$ 10,236 bilhões. No mesmo período do ano passado, somaram R$ 4,783 bilhões.
Ao mesmo tempo, o governo também recolheu mais dividendos (parcelas do lucro) das empresas estatais nos oito primeiros meses de 2018: R$ 6,265 bilhões, ante R$ 4,638 bilhões no mesmo período do ano passado.
No caso do pagamento de subsídios e subvenções, houve queda. De janeiro a agosto deste ano, somaram R$ 12,273 bilhões, contra R$ 17,368 bilhões no mesmo período do ano passado.
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