Uma possível liberação da caça comercial às baleias passa por discussão nesta quinta-feira (13) com a Comissão Internacional Baleeira, em Florianópolis.
Redação Publicado em 13/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 18h00
Uma possível liberação da caça comercial às baleias passa por discussão nesta quinta-feira (13) com a Comissão Internacional Baleeira, em Florianópolis. Segundo especialistas ouvidos pelo G1, o órgão internacional reúne 89 países para estabelecer a regulamentação no tratamento a esses animais no mundo.
O Japão encabeça a discussão e propõe a liberação da caça comercial desses animais. Eles são apoiados por outros países. A votação da proposta foi adiada para esta sexta-feira (14). Veja o que está em jogo:
A Comissão Internacional Baleeira é um organização que propõe acordos entre 89 países. Ela toma decisões com base em uma maioria simples ou por 75% dos votos. Além da caça às baleias, a comissão também debate outras medidas de proteção ou mudanças nas regras relacionadas a esses animais.
Desde 1982 existe uma moratória da Comissão que proibe qualquer atividade de caça comercial de baleias no mundo.
Sim. Mas, de acordo com Leandra Gonçalves, pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) que está em Florianópolis junto com a delegação do Greenpeace, o Japão usou uma brecha para conseguir burlar as regras estabelecidas internacionalmente.
“Eles usam a brecha na regulamentação que diz que você pode usar a atividade de caça desde que seja com fins científicos. Então, desde a década de 80, o Japão realiza a atividade de caça comercial travestida de ‘fins científicos'”, disse.
A Noruega e a Islândia fizeram uma objeção à moratória. Então, eles não são parte da regulamentação da Comissão Internacional Baleeira e praticam a caça comercial em suas águas nacionais.
Alasca, Groelândia e Dinamarca têm autorização para caça às baleias por comunidades aborígenes.
A Comissão foi fundada em 1946 porque os países que faziam caça às baleias queriam fazer estimativas e estudos para conseguir descobrir qual o número de animais que poderiam ser mortos sem acabar com a população, e assim manter o comércio.
“Porém, ao longo dos anos, os países foram mudando de opinião e foram deixando de ser países baleeiros para se tornarem países pró-conservação. Isso aconteceu com Austrália, Nova Zelândia, Brasil, Argentina, Chile, países da União Europeia”, disse Leandra.
A maioria dos países passou a defender maior rigidez contra a caça, até a aprovação em 1982 da carta moratória de proibição da caça a esses animais nas águas do planeta.
Os japoneses argumentam que querem fazer uma caça comercial sustentável de baleias. Mas, na opinião de Leandra, essa “sustentabilidade” é inalcançável nos dias atuais.
“Muito difícil com o atual cenário – aquecimento global, poluição dos oceanos, conflitos entre empresas pesqueiras – é difícil imaginar uma nova moratória de caça sustentável”, disse Leandra.
Primeiro, deve haver a votação para a aprovação ou não da da caça comercial de baleias no mundo. Caso mais de 75% dos países sejam a favor, um comitê é formado para determinar quais serão as regras: se espécies em extinção serão preservadas, se será aplicável para todo o planeta, e etc.
Além do Japão, apoiam a proposta a Noruega, a Islândia, países do Caribe e da África.
É contra a proposta do Japão, com representantes do Ministério do Meio Ambiente e do Itamaraty. Inclusive, o país apresentou uma proposta para a criação de um Santuário de Baleias do Atlântico Sul que foi rejeitada na manhã desta terça-feira (11) pela Comissão. Foram 39 votos a favor, 25 contra, 3 abstenções e 2 ausentes.
O Santuário seria um território de proteção desses animais entre os continentes americano e africano, onde a caça seria totalmente proibida – inclusive a científica. Desde 2001, o Brasil apresenta essa proposta no encontro da comissão e sempre consegue maioria simples, mas para ser aprovada, precisa de 75% dos votos.
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