Uma pesquisa divulgada pelo Centro de Reabilitação Lucy Montoro apontou que, nos últimos cinco anos, 50% das pessoas que sofreram acidentes de trânsito - com
Redação Publicado em 28/05/2017, às 00h00 - Atualizado às 13h23
Uma pesquisa divulgada pelo Centro de Reabilitação Lucy Montoro apontou que, nos últimos cinco anos, 50% das pessoas que sofreram acidentes de trânsito – com carro, moto ou caminhão – ficaram paraplégicas ou tetraplégicas e 30% das vítimas tiveram complicação ortopédica e precisaram fazer alguma amputação.
O centro oferece reabilitação às pessoas com deficiência ou doenças potencialmente incapacitantes, por meio de uma equipe multidisciplinar, composta por médicos fisiatras, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, assistentes sociais e outros profissionais especializados em reabilitação.
Em Rio Preto, os pacientes devem ser encaminhados pelo Hospital de Base, Núcleo de Reabilitação, Ame, Are e Drs. São feitos, em média, 800 atendimentos gratuitos por mês.
De acordo com a pesquisa, do total de pacientes atendidos na Rede Lucy Montoro acidentados no trânsito, metade estava em motocicleta, tem de 20 a 30 anos, sendo 75% homens. Caso de Caue Rodrigues Antunes, de 25 anos, que sofreu um acidente de moto há 9 meses. Ele estava na garupa quando o motorista de um carro bateu na traseira.
Caue foi arremessado em cima de outro veículo e depois caiu na pista. Ele teve traumatismo craniano, várias fraturas e ficou paraplégico. “Me lembro que vi um farol, muito de longe, vindo rápido e aí bateu em mim”, diz. A fisoterapia tem ajudado na recuperação dele. Embora dependa da cadeira de rodas, ele considera toda pequena conquista como superação. “Lavar uma louça, tomar banho sozinho, subir e descer da cama, qualquer coisinha básica já é bom”, afirma.
A diretora do Lucy Montoro em Rio Preto, Regina Helena Chueire, diz que os pacientes ficam em média de seis meses a um ano em tratamento. “O que a gente vê é que são adultos na fase melhor da sua vida, produtiva, na universidade ou trabalhando. A reabilitação não é só colocar prótese, é todo o impacto social e psicológico que esse dano traz ao paciente, além de que alguém da familia ter de parar de trabalhar para ficar com o paciente”, diz.
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